Três americanos, dois espanhóis e um tcheco detidos na Venezuela por suposto plano de desestabilização

Três americanos, dois espanhóis e um tcheco detidos na Venezuela por suposto plano de desestabilização

Neste sábado (14), o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou a detenção de três americanos, dois espanhóis e um cidadão tcheco, acusados de estarem envolvidos em um suposto plano para "desestabilizar" e gerar "ações violentas" no país.

Segundo Cabello, os detidos faziam parte de uma operação que contava com a participação de "mercenários franceses" e "mercenários do leste europeu" com o objetivo de "atacar" a Venezuela. O ministro também citou a apreensão de mais de 400 fuzis dos Estados Unidos que seriam utilizados em "atos terroristas" no país.

Tensões diplomáticas

As prisões ocorrem em meio a fortes tensões diplomáticas entre a Venezuela e os governos da Espanha e dos Estados Unidos. Nesta semana, a Venezuela chamou sua embaixadora em Madri para consultas e convocou o embaixador espanhol em Caracas para protestar contra os questionamentos à reeleição do presidente Nicolás Maduro.

As relações com a Espanha também se complicaram pela decisão do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, de se reunir com o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que é procurado pela justiça de seu país e viajou à Espanha para solicitar asilo.

Suposto plano de atentado contra Maduro

Cabello também citou um suposto plano de atentado contra o presidente Nicolás Maduro e autoridades do Executivo, após as eleições de 28 de julho, quando Maduro foi reeleito em meio a denúncias de fraude pela oposição.

O ministro do Interior vinculou os supostos planos para "atacar" a Venezuela a centros de inteligência da Espanha, dos Estados Unidos e à líder opositora María Corina Machado, além de outros dirigentes.

Apreensão de 400 fuzis

De acordo com Cabello, foram apreendidos "mais de 400 fuzis" que seriam usados "para atos terroristas aqui na Venezuela, terrorismo promovido por setores políticos". O ministro afirmou que "o governo dos Estados Unidos está vinculado a essa operação".

As prisões e as acusações do governo venezuelano ocorrem em um momento de grande tensão política e diplomática no país, após a reeleição controversa de Maduro.

Posicionamento da oposição e da comunidade internacional

A oposição venezuelana e 49 países, incluindo a União Europeia, têm pedido a divulgação das atas da eleição de 28 de julho, questionando a legitimidade do processo eleitoral.

Apesar das acusações do governo, não há informações independentes que confirmem as alegações de Cabello sobre um suposto plano de desestabilização e atentado contra Maduro. A situação segue sendo acompanhada com atenção pela comunidade internacional.

Conclusão

As prisões anunciadas pelo ministro do Interior da Venezuela representam mais um capítulo das tensões políticas e diplomáticas que envolvem o país. O governo de Maduro acusa opositores e países estrangeiros de estarem por trás de supostos planos para desestabilizar o país, enquanto a oposição e a comunidade internacional questionam a legitimidade do processo eleitoral que levou à reeleição do presidente.

Diante desse cenário, é fundamental que todas as partes envolvidas busquem o diálogo e a resolução pacífica dos conflitos, respeitando os princípios democráticos e os direitos humanos. Somente assim será possível encontrar uma saída para a crise política que assola a Venezuela.

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