O Banco Central eleva a projeção da Selic para 11,25% em 2023

O Banco Central eleva a projeção da Selic para 11,25% em 2023

O Banco Central (BC) do Brasil surpreendeu os analistas ao elevar a projeção da taxa Selic, a taxa básica de juros, para 11,25% ao final deste ano. Essa decisão reflete o compromisso do BC em cumprir a meta de inflação, mesmo diante de um cenário econômico desafiador.

Inflação acima da meta

De acordo com os economistas, tanto a inflação corrente quanto as expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) seguem acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Essa situação exige uma postura mais firme do BC para conter as pressões inflacionárias.

"A comunicação do BC se mostra mais coesa e comprometida com a meta, o que abre espaço para um novo ciclo de aperto monetário", afirmam os especialistas. Essa postura mais assertiva do Banco Central é fundamental para ancorar as expectativas de inflação e evitar que a alta de preços se torne ainda mais persistente.

Novo ciclo de alta da Selic

Com a elevação da projeção da Selic para 11,25% ao final de 2023, o Banco Central sinaliza que haverá mais um ciclo de alta dos juros básicos nos próximos meses. Essa decisão é uma resposta direta à inflação elevada e às pressões inflacionárias que ainda persistem na economia brasileira.

Os economistas destacam que o discurso coeso e o comprometimento do BC com a meta de inflação sugerem que a taxa básica de juros deve subir mais 1 ponto percentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Dessa forma, a Selic deve fechar o ano em 11,25% e atingir 11,50% em janeiro de 2025.

Expectativa de queda da Selic em 2025

Apesar do aperto monetário em curso, os analistas acreditam que a Selic poderá voltar a cair no segundo semestre de 2025. Isso se deve à expectativa de que a inflação brasileira convergirá para a meta no próximo ano, permitindo que o Banco Central inicie um ciclo de afrouxamento da política monetária.

"Com a retomada da convergência da inflação brasileira no próximo ano, o BV avalia que o BC poderia voltar a cortar a Selic no segundo semestre de 2025. A projeção é de que a taxa básica volte para o patamar de 9,50% ao final do próximo ano", afirmam os especialistas.

Impactos na economia

A elevação da projeção da Selic terá impactos relevantes na economia brasileira. De acordo com os economistas, a alta temporária dos juros ajuda a manter a expectativa de câmbio em R$ 5,30, mas reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 de 2% para 1,9% e do IPCA de 4% para 3,5%.

Para este ano, no entanto, os analistas melhoraram a perspectiva de crescimento econômico de 2,2% para 2,5%, mantendo a inflação em 4,3%. Essa revisão positiva reflete a resiliência da atividade econômica, mesmo diante do cenário de juros mais elevados.

Conclusão

O Banco Central do Brasil demonstrou seu compromisso com a meta de inflação ao elevar a projeção da taxa Selic para 11,25% ao final deste ano. Essa decisão, embora possa impactar o crescimento econômico no curto prazo, é fundamental para ancorar as expectativas de inflação e evitar que a alta de preços se torne ainda mais persistente.

À medida que a inflação convergir para a meta no próximo ano, os analistas acreditam que o BC poderá iniciar um ciclo de queda da Selic, levando a taxa básica de juros de volta a 9,50% ao final de 2025. Essa perspectiva sinaliza que o esforço atual de aperto monetário é temporário e visa garantir a estabilidade de preços no médio e longo prazo.

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