Governo dos EUA acusa Irã de hackear campanha de Trump

Governo dos EUA acusa Irã de hackear campanha de Trump

Na segunda-feira, o governo dos EUA acusou formalmente o Irã de hackear a campanha de Donald Trump. Em uma declaração conjunta emitida pelo FBI, o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) e a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura (CISA), as três agências disseram que a comunidade de inteligência atribui o hack e o vazamento recentemente divulgados contra a campanha de Trump ao Irã.

"A (Comunidade de Inteligência) está confiante de que os iranianos, por meio de engenharia social e outros esforços, buscaram acesso a indivíduos com acesso direto às campanhas presidenciais de ambos os partidos políticos. Tais atividades, incluindo roubos e divulgações, têm a intenção de influenciar o processo eleitoral dos EUA", dizia a declaração. "É importante observar que essa abordagem não é nova. O Irã e a Rússia empregaram essas táticas não apenas nos Estados Unidos durante este e os ciclos eleitorais federais anteriores, mas também em outros países ao redor do mundo."

O governo iraniano negou a acusação em uma declaração enviada por sua Missão Permanente nas Nações Unidas. Um porta-voz da missão iraniana na ONU não respondeu imediatamente a uma série de perguntas detalhadas na manhã de terça-feira, dizendo que o embaixador "ainda estava na cama e começando a acordar".

Detalhes do ataque

Em 10 de agosto, o Politico relatou pela primeira vez que a campanha de Trump havia sido hackeada, e que alguém que se autodenominava "Robert" havia entrado em contato com o site de notícias oferecendo documentos supostamente roubados da campanha. O New York Times e o The Washington Post mais tarde também revelaram que foram contatados pela mesma pessoa e receberam o que pareciam ser arquivos semelhantes.

Em uma publicação nas redes sociais, o próprio Trump acusou o Irã, dizendo que "eles não deveriam estar fazendo nada dessa natureza", e disse que foi a Microsoft que alertou ele e sua campanha.

Um dia antes da reportagem do Politico, a Microsoft publicou um relatório dizendo que um grupo de hackers apoiado pelo governo iraniano "enviou um e-mail de spear phishing em junho para um alto funcionário de uma campanha presidencial a partir da conta de e-mail comprometida de um ex-assessor sênior". Na semana passada, o Threat Analysis Group do Google disse ter evidências de que hackers apoiados pelo Irã tinham como alvo as contas de e-mail de várias pessoas afiliadas ao presidente Biden e Trump já em maio.

Primeiras vítimas

Vários relatórios identificaram Roger Stone, um amigo de longa data e conselheiro de Trump, como a primeira pessoa que foi hackeada e cuja conta foi usada para tentar hackear autoridades da campanha de Trump.

Lições aprendidas

Ao contrário de 2016, quando o governo russo conduziu uma operação de hack e vazamento que durou meses, por enquanto as organizações de notícias não cobriram os documentos vazados. Em vez disso, elas se concentraram no hack e no vazamento em si, mostrando que as organizações de notícias podem ter aprendido uma lição de oito anos atrás, quando involuntariamente amplificaram a campanha dos russos.

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