Ondas de Calor: Preocupações do Brasil no G20

Ondas de Calor: Preocupações do Brasil no G20

O Brasil, por meio da ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que apresentará ao G20 suas preocupações sobre os impactos devastadores das ondas de calor na saúde da população, especialmente em grupos vulneráveis como os idosos. Essa é uma questão prioritária na agenda do país, que vem enfrentando ondas de calor cada vez mais intensas e prolongadas, além da pior seca em mais de 70 anos e focos de incêndio em quase todas as unidades da federação.

Impactos Alarmantes das Ondas de Calor

As ondas de calor não afetam apenas a saúde humana, mas também as condições de pesca, a qualidade do ar e até mesmo a possibilidade de um uso racional e sustentável da biodiversidade. Nísia Trindade enfatizou que esse é um "impacto enorme" que requer preparação e ação urgente do Brasil, tanto no âmbito do G20 quanto na COP 30.

Saúde em Risco

As ondas de calor têm efeitos prejudiciais especialmente em populações vulneráveis, como os idosos. Isso se deve à dificuldade desses grupos em regular a temperatura corporal e à maior incidência de doenças crônicas, que os tornam mais suscetíveis aos impactos do calor extremo.

Desafios Ambientais

Além dos impactos na saúde, as ondas de calor também afetam as condições de pesca, a qualidade do ar e a biodiversidade. Isso compromete a possibilidade de um uso racional e sustentável dos recursos naturais, exigindo uma abordagem integrada e multissetorial para enfrentar essa crise.

Prioridades na Agenda de Saúde Pública

A preocupação com as ondas de calor foi uma das principais prioridades discutidas na Conferência de Institutos Nacionais de Saúde Pública, realizada no Rio de Janeiro. Além disso, outros três temas foram destacados como prioritários:

Preparação e Resposta a Emergências de Saúde

A capacidade de preparação e resposta a emergências de saúde, como pandemias e desastres naturais, é fundamental para mitigar os impactos e proteger a população.

Saúde Digital para Expansão do Acesso

O uso de tecnologias digitais na saúde pode contribuir para a expansão do acesso a serviços de saúde, especialmente em áreas remotas ou de difícil acesso.

Equidade no Acesso à Saúde

A ministra Nísia Trindade considera a equidade no acesso à saúde um tema "transversal", presente em todas as prioridades. Garantir que todos os cidadãos tenham acesso igualitário aos serviços de saúde é essencial para promover a justiça social e o bem-estar da população.

Alinhamento com o Multilateralismo

A realização da Conferência dos Institutos Nacionais de Saúde Pública do G20 no Brasil é um sinal do alinhamento do país com o multilateralismo e a cooperação internacional na área da saúde global. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, destacou a importância dessa abordagem, pois "saúde global não pode ser tratada de uma forma individual [apenas dentro de um país]".

Nesse sentido, a Fiocruz está ampliando sua atuação internacional, com a abertura de novos escritórios em Maputo (Moçambique), Adis Abeba (Etiópia), Lisboa (Portugal) e Washington (Estados Unidos). Essa expansão fortalece os acordos regionais, bilaterais e a perspectiva de uma saúde global integrada.

Conclusão

As ondas de calor representam um desafio urgente e multifacetado para o Brasil, com impactos devastadores na saúde da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis, e também no meio ambiente. Ao levar essa preocupação para a agenda do G20, o país demonstra seu compromisso em enfrentar essa crise de forma coordenada e multilateral, buscando soluções que promovam a saúde, a equidade e a sustentabilidade.

Além disso, a priorização de temas como a preparação para emergências de saúde, a expansão do acesso por meio da saúde digital e a busca pela equidade no acesso à saúde evidenciam a abrangência e a relevância da agenda de saúde pública brasileira no cenário internacional.

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