Apenas 48% das redações sem fins lucrativos são aceitas na associação do INN em 2023

Apenas 48% das redações sem fins lucrativos são aceitas na associação do INN em 2023

Aqui está uma informação do INN (Instituto de Notícias Sem Fins Lucrativos, em português): só 48% das redações sem fins lucrativos que se candidataram à associação do INN em 2023 foram aceitas. As outras não conseguiram atender aos critérios exigidos, como ter independência editorial e transparência.

O INN deseja que a associação em sua organização –atualmente com cerca de 450 redações– seja "um sinal de jornalismo de qualidade e credibilidade" em um ecossistema de informações que inclui alguns atores mal-intencionados, disse Sharene Azimi, diretora de comunicações do INN. Ela destacou, em particular, o fenômeno dos sites de "pink slime" que se passam por notícias.

Para se tornar integrante da Rede INN, as organizações de notícias sem fins lucrativos devem atender aos padrões de associação e ser aprovadas pelo conselho de diretores do INN.

"As razões para a rejeição são variadas, mas geralmente ocorrem quando a organização recebe muito financiamento anônimo, não é operacionalmente independente de uma organização maior, não tem total independência editorial [por exemplo, se fizer parte de uma ONG voltada para a defesa de causas] ou a qualidade da reportagem não é alta o suficiente", disse Azimi.

Cada candidatura passa por horas de revisão individual pelos funcionários do INN. A equipe faz recomendações, mas o conselho de diretores tem a palavra final. Os funcionários do INN trabalham com as redações que foram rejeitadas, observou Azimi, para ajudá-las a tentar atender aos padrões da organização em uma segunda ou terceira candidatura.

A taxa de rejeição e o compromisso do INN em elevar o jornalismo independente

A CEO do INN, Karen Rundlet, destacou a taxa de rejeição e enfatizou que a organização está comprometida em elevar o jornalismo independente.

"Os membros do INN produzem reportagens originais baseadas em fatos e orientadas por dados — e você sabe exatamente quem são seus financiadores. Vamos continuar garantindo que o público saiba que o que nossos membros produzem é muito diferente do jornalismo 'pink slime', dos comunicados de imprensa ou do conteúdo prescrito pelos financiadores", disse ela em discurso proferido na conferência INN Days em junho deste ano. "Nem todo mundo pode ser membro do INN."

O fenômeno dos sites de "pink slime"

Os sites de "pink slime" são aqueles que se passam por notícias, mas na verdade são apenas conteúdo encomendado por empresas ou grupos de interesse, sem a devida transparência sobre seus financiadores e objetivos. Esses sites muitas vezes publicam informações distorcidas ou tendenciosas, com o objetivo de influenciar a opinião pública.

O INN está empenhado em combater esse fenômeno, garantindo que o público tenha acesso a informações confiáveis e isentas, produzidas por jornalistas comprometidos com a ética e a integridade profissional.

A importância da independência editorial e da transparência

A independência editorial e a transparência são pilares fundamentais para o jornalismo de qualidade. Organizações de notícias que recebem muito financiamento anônimo, que não são operacionalmente independentes de outras entidades ou que não têm total liberdade editorial, não atendem aos padrões do INN.

Essa exigência visa garantir que o público tenha acesso a informações isentas e confiáveis, sem a influência de interesses particulares ou agendas ocultas.

O trabalho do INN em apoiar as redações rejeitadas

O INN não apenas rejeita as candidaturas que não atendem aos seus padrões, mas também trabalha ativamente para apoiar as redações que foram rejeitadas. A equipe do instituto oferece orientação e auxílio para que essas organizações possam se adequar aos requisitos e tentar uma nova candidatura.

Esse esforço demonstra o compromisso do INN em elevar o jornalismo independente e garantir que o maior número possível de organizações sem fins lucrativos possa fazer parte dessa rede de excelência.

Conclusão

A taxa de rejeição de 52% das candidaturas à associação do INN em 2023 é um indicativo da seriedade com que a organização trata a questão da qualidade e credibilidade do jornalismo. Ao estabelecer padrões rigorosos de independência editorial e transparência, o INN busca garantir que o público tenha acesso a informações confiáveis e isentas de interesses particulares.

Esse esforço é fundamental em um ecossistema de informações cada vez mais complexo, no qual sites de "pink slime" e conteúdo encomendado tentam se passar por notícias verdadeiras. O compromisso do INN em elevar o jornalismo independente e apoiar as redações rejeitadas demonstra sua importância como um ator-chave na defesa da integridade jornalística.

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