A Evolução das Referências de Preços: Da Antiguidade aos Mercados Financeiros Modernos

A Evolução das Referências de Preços: Da Antiguidade aos Mercados Financeiros Modernos

Desde o início do comércio, a variação de preços de produtos serviu como uma referência para determinar se algo estava caro ou barato no decorrer de um determinado período. Inicialmente, estes períodos eram definidos por ciclos de produção (como os agrícolas) ou ciclos de entrega (transporte), com grande atenção dada às máximas e mínimas atinidas. Com o passar da evolução, as referências foram ficando mais exatas.

Gráficos de Preços no Mercado Financeiro

Com a introdução das médias móveis, surgiram diversos indicadores que conhecemos hoje e que são facilmente aplicados em análises técnicas e plataformas de negociação. Esses indicadores permitem aos investidores, em qualquer "tempo gráfico", optar por determinadas estratégias ou interpretações de preços. O tempo gráfico dessas médias reflete a condição de prazo de investimento.

Embora a referência mundialmente utilizada seja de 252 dias úteis, ou pregões (baseando-se no gráfico diário), a média de 200 dias é amplamente reconhecida como uma referência de longo prazo. Abaixo disso, encontramos a média de 60 dias, associada ao trimestre, que é um período relevante para balanços trimestrais de empresas ou setores; a média de 20 dias, por sua vez, refere-se ao mês e seus 20 pregões, indicando uma operação mais direcionada ao curto prazo.

Em tempos gráficos ainda mais curtos, a média de 7 pregões se refere tecnicamente à semana, embora uma semana tenha 5 pregões. Por ser uma média curta e incluir o final de semana, cujas notícias podem impactar os preços (gap) entre o final e o início da semana seguinte, essa média foi estabelecida desta forma.

Tempos gráficos inferiores ao diário são frequentemente usados em operações especulativas, com carregamentos curtos, variando de 1 a 7 dias, ou em operações de day trade, que podem ir de 1 a 60 minutos de gráficos. A partir dessas bases, outras técnicas complementares podem ser agregadas, como a "teoria das ondas de Elliott", desenvolvida por Ralph Nelson Elliott (1871-1948) em Arkansas, Estados Unidos.

Referências de Preços e a Teoria da Especulação

As referências de preços entre máximas e mínimas levaram o matemático Louis Jean-Baptiste Alphonse Bachelier (1870-1946), de Saint-Malo, na França, precursor da teoria moderna de probabilidades e fundador da Matemática Financeira, a escrever o livro "Théorie de la Spéculation".

Isso possibilitou o entendimento sobre máximas, mínimas, médias e médias durante altas e baixas em determinados períodos, especificando o quanto um ativo pode se mover em um dia, uma semana, um mês. Esses conceitos foram fundamentais para a criação da fórmula de precificação de Black-Scholes, inicialmente desenvolvida por Fischer Black e Myron Scholes, e posteriormente aprimorada por Robert Merton. Essa fórmula é amplamente utilizada para a precificação de opções sobre ações, moedas e contratos, com pequenas variações conforme o objeto analisado.

A Consolidação dos Conceitos de Preços

Com essas diversas formas de identificação de preços, sem nunca esquecer os fundamentos financeiros das empresas, foram sendo consolidados os conceitos relacionados ao "passeio aleatório" das cotações. Isso mostra o quanto um ativo pode se deslocar em um determinado tempo, seja por análises de probabilidade específica ou sobre a distribuição gaussiana, rastreamento por médias e seus tempos gráficos, ou pela avaliação de máximas e mínimas em relação a eventos.

Assim, as análises foram evoluindo, permitindo que investidores ou especuladores desenvolvessem suas estratégias de forma mais informada. Desde os primórdios do comércio até os mercados financeiros modernos, a evolução das referências de preços tem sido fundamental para a tomada de decisões e o desenvolvimento de técnicas cada vez mais sofisticadas de análise e investimento.

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