A Acusação Reformulada Contra Donald Trump: Imunidade Presidencial e o Futuro do Processo

A Acusação Reformulada Contra Donald Trump: Imunidade Presidencial e o Futuro do Processo

Os promotores apresentaram, nesta terça-feira 27, uma acusação reformulada contra Donald Trump, insistindo nos mesmos crimes de tentativa de alterar o resultado das eleições presidenciais americanas de 2020, nas quais ele foi derrotado por Joe Biden. A nova peça segue acusando o republicano dos mesmos quatro delitos da anterior, mas leva em consideração uma decisão recente da Suprema Corte que concede ampla imunidade a ex-presidentes em processos criminais.

Com 36 páginas em vez das 45 anteriores, a nova acusação eliminou partes que poderiam ser afetadas pela sentença sobre imunidade presidencial do mais alto tribunal americano, composto por uma maioria de juízes conservadores. O texto mantém essencialmente o mesmo conteúdo e afirma que Trump perdeu em 2020, mas "estava determinado a permanecer no poder" e tentou alterar os resultados.

A Decisão da Suprema Corte sobre Imunidade Presidencial

A Suprema Corte decidiu em julho que os ex-presidentes possuem ampla imunidade em processos criminais por atos oficiais realizados em razão do cargo, mas podem ser processados por condutas não oficiais. Essa decisão gerou dúvidas sobre o processo do ex-mandatário.

Com a acusação reformulada, fica incerto se o promotor especial Jack Smith, que apresentou as acusações contra Trump, e os advogados do ex-presidente, tornarão público um cronograma para os procedimentos pré-julgamento, como estava previsto que fariam dentro de três dias. Também não se sabe se a juíza Tanya Chutkan, que preside o caso, realizará uma audiência preliminar em 5 de setembro.

O Julgamento e as Eleições Presidenciais de 2024

A defesa de Trump tenta adiar o julgamento até depois das eleições presidenciais de novembro, nas quais o ex-magnata é o candidato do Partido Republicano contra a vice-presidente, a democrata Kamala Harris. Trump é acusado de conspirar para defraudar os Estados Unidos e obstruir um procedimento oficial: a sessão do Congresso de 6 de janeiro de 2021 que não pôde ocorrer devido à invasão violenta de apoiadores do republicano.

Trump também é acusado de tentar privar os eleitores americanos de seus direitos com uma campanha de afirmações falsas de que venceu as eleições de 2020. Inicialmente, o julgamento estava previsto para 4 de março, mas foi adiado porque os advogados do bilionário apresentaram a demanda de imunidade presidencial à Suprema Corte.

O Papel da Juíza Tanya Chutkan

Chutkan, nomeada pelo ex-presidente democrata Barack Obama, decidirá quais ações de Trump sobre as eleições de 2020 foram atos oficiais e quais não. Prevê-se que este e outros assuntos preliminares levem meses, tornando improvável que o caso vá a julgamento antes das eleições presidenciais de 5 de novembro.

Essa nova acusação reformulada contra Donald Trump traz à tona questões fundamentais sobre a imunidade presidencial e o futuro do processo judicial. Com a decisão da Suprema Corte e a complexidade do caso, o desfecho desse processo pode ter um impacto significativo não apenas na carreira política de Trump, mas também na própria democracia americana.

contenido relacionado

Regresar al blog

Deja un comentario

Ten en cuenta que los comentarios deben aprobarse antes de que se publiquen.