Atualmente, estou trabalhando em um projeto que envolve um servidor WebSocket Seguro (WSS) e um cliente WSS. O cliente estabelece uma conexão WebSocket criptografada por TLS com o servidor, permitindo comunicação bidirecional entre eles. No entanto, agora preciso introduzir um proxy entre o cliente e o servidor para retransmitir o tráfego WebSocket, pois pode haver vários proxies entre eles.
Neste cenário, existem algumas opções de configuração de proxy que preciso entender melhor:
Proxy CONNECT
Um proxy CONNECT pode ser usado para criar um túnel TCP para conexões HTTPS por meio do método HTTP CONNECT. Esse método pode ser estendido para conexões WebSocket, onde o proxy cria um túnel TCP para o tráfego criptografado sem interferir nos dados reais. Isso fornece criptografia de ponta a ponta. Eu já experimentei o uso de um proxy CONNECT e entendo um pouco sobre isso.
Proxy Man-in-the-Middle (MITM)
Em um cenário Man-in-the-Middle (MITM), o proxy executa a terminação TLS, descriptografando, inspecionando e criptografando novamente o tráfego. Ele então estabelece novas sessões TLS com o cliente e o servidor, atuando como um intermediário.
Proxy Reverso
Outra opção que li sobre é a configuração de um proxy reverso para lidar com a conexão WebSocket. Proxies reversos como NGINX podem ser usados para essa finalidade. Eles ficam na frente do servidor WSS e abrem uma nova conexão WSS com o servidor WSS.
Embora o proxy reverso também possa fornecer recursos como balanceamento de carga e terminação SSL, isso não é semelhante ao cenário MITM, onde o proxy atua como um intermediário?
Então, a principal dúvida que tenho é: qual é a diferença fundamental entre o uso de um proxy reverso e um proxy MITM para conexões WebSocket seguras?
Proxy Reverso
Um proxy reverso é colocado na frente do servidor WSS e atua como um ponto de entrada para as conexões dos clientes. Ele recebe as conexões dos clientes, estabelece uma nova conexão WSS com o servidor WSS e retransmite o tráfego entre eles.
Algumas das principais vantagens do uso de um proxy reverso incluem:
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Terminação SSL/TLS: O proxy reverso pode realizar a terminação da conexão SSL/TLS, decodificando e recodificando o tráfego entre o cliente e o servidor. Isso significa que o servidor WSS não precisa lidar diretamente com a criptografia.
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Balanceamento de Carga: O proxy reverso pode distribuir a carga de trabalho entre vários servidores WSS, melhorando a escalabilidade e a disponibilidade do sistema.
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Segurança Adicional: O proxy reverso pode fornecer recursos de segurança adicionais, como filtragem de tráfego, detecção de ameaças e proteção contra ataques.
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Ocultação da Infraestrutura Interna: O proxy reverso atua como um ponto de entrada único, ocultando a topologia e a estrutura interna da rede do servidor WSS.
Portanto, no cenário de um proxy reverso, a conexão WSS é estabelecida diretamente entre o cliente e o proxy, e entre o proxy e o servidor WSS. O proxy não atua como um intermediário MITM, mas sim como um ponto de entrada e saída para as conexões.
Proxy MITM
Em um cenário MITM, o proxy atua como um intermediário entre o cliente e o servidor WSS. Ele intercepta e descriptografa o tráfego, podendo inspecioná-lo e, em seguida, criptografa novamente o tráfego antes de enviá-lo ao destino final.
Algumas das principais características de um proxy MITM incluem:
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Terminação SSL/TLS: O proxy MITM descriptografa o tráfego SSL/TLS, podendo inspecioná-lo e, em seguida, criptografa novamente o tráfego antes de enviá-lo ao destino final.
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Visibilidade do Tráfego: O proxy MITM tem acesso completo ao conteúdo do tráfego, podendo monitorá-lo, analisá-lo e até mesmo modificá-lo, se necessário.
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Possíveis Riscos de Segurança: O uso de um proxy MITM pode introduzir riscos de segurança, pois o proxy tem acesso a todo o tráfego criptografado. Isso requer uma implementação cuidadosa e medidas de segurança adicionais.
Portanto, a principal diferença entre o proxy reverso e o proxy MITM é que o proxy reverso atua como um ponto de entrada e saída para as conexões, sem interceptar ou descriptografar o tráfego, enquanto o proxy MITM atua como um intermediário, tendo acesso completo ao conteúdo do tráfego criptografado.
A escolha entre um proxy reverso ou um proxy MITM dependerá dos requisitos específicos do seu projeto, incluindo considerações de segurança, desempenho e necessidades de monitoramento e inspeção do tráfego.
Espero que esta explicação tenha ajudado a esclarecer as diferenças entre esses dois tipos de proxy e como eles se aplicam ao cenário de conexões WebSocket seguras. Se você tiver mais dúvidas, fique à vontade para perguntar.
Conclusão
Em resumo, a principal diferença entre o uso de um proxy reverso e um proxy MITM para conexões WebSocket seguras é que o proxy reverso atua como um ponto de entrada e saída para as conexões, sem interceptar ou descriptografar o tráfego, enquanto o proxy MITM atua como um intermediário, tendo acesso completo ao conteúdo do tráfego criptografado.
A escolha entre um proxy reverso ou um proxy MITM dependerá dos requisitos específicos do seu projeto, incluindo considerações de segurança, desempenho e necessidades de monitoramento e inspeção do tráfego.
Espero que este artigo tenha ajudado a esclarecer essas diferenças e a orientá-lo na escolha da melhor solução de proxy para suas conexões WebSocket seguras.