O mercado financeiro reagiu de forma exagerada às notícias sobre os incêndios que atingiram os canaviais de São Paulo, segundo a XP Investimentos. As ações da São Martinho (SMTO3) e da Raízen (RAIZ4) tiveram altas expressivas na última sessão, em meio ao avanço nos preços do açúcar.
No entanto, a XP Investimentos acredita que essa reação foi desproporcional, uma vez que os impactos dos incêndios, embora relevantes, não devem comprometer significativamente o desempenho financeiro dessas empresas.
O Impacto dos Incêndios
De acordo com os comunicados divulgados pelas empresas, a São Martinho informou que aproximadamente 20 mil hectares de cana-de-açúcar foram atingidos pelos incêndios. Já a Raízen comunicou que cerca de 1,8 milhão de toneladas de cana-de-açúcar própria e de fornecedores foram afetadas, o que representa 2% da safra 24/25.
Apesar desses números, a XP Investimentos acredita que os impactos financeiros não devem ser tão significativos. Isso porque as empresas possuem diversas estratégias de mitigação de riscos, como seguros e programas de diversificação de fornecedores.
Perspectivas para o Setor
Além disso, a XP Investimentos destaca que outros fatores, como o maior mix de etanol e o aumento do Capex, podem reduzir as estimativas de EBITDA ajustado e FCF yield para 2024/25 em 1,5% e 60 pontos base, respectivamente.
Apesar disso, a XP Investimentos mantém uma visão positiva para o setor, acreditando que as empresas têm capacidade de se adaptar e superar esses desafios. A diversificação de produtos, a adoção de tecnologias e a busca por eficiência operacional são alguns dos fatores que podem contribuir para a sustentabilidade do negócio.
Conclusão
Em resumo, a XP Investimentos acredita que o mercado reagiu de forma exagerada aos incêndios nos canaviais de São Paulo. Embora os impactos sejam relevantes, as empresas possuem estratégias de mitigação de riscos e perspectivas positivas para o setor, o que deve se refletir no desempenho financeiro a médio e longo prazo.
Portanto, a XP Investimentos recomenda que os investidores mantenham uma visão equilibrada e analisem os fundamentos de cada empresa, evitando reações emocionais que possam comprometer a tomada de decisões estratégicas.