A candidata do partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, ampliou (dentro da margem de erro) a vantagem sobre o ex-presidente Donald Trump, do partido Republicano, em pesquisa elaborada pelo instituto Ipsos, encomendada pela agência de notícias Reuters e divulgada nesta quinta-feira 29.
Segundo o levantamento, Kamala tem agora 45% das intenções de voto, contra 41% de Trump. São quatro pontos percentuais de vantagem, um a mais que o registro do levantamento anterior feito pelo mesmo instituto em julho. A variação acontece dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais. A margem indica ainda que há empate no limite da margem entre as duas candidaturas.
Crescimento entre mulheres e hispânicos
Segundo o Ipsos, Kamala cresceu principalmente pelo apoio das mulheres e de hispânicos. Nestes dois grupos, ela tem agora 13 pontos percentuais de vantagem em relação a Trump – em julho eram nove pontos entre as eleitoras e seis entre os hispânicos. Trump segue liderando as intenções de voto entre eleitores brancos e homens.
Abalo na disputa após saída de Biden
A Reuters afirma que a disputa sofreu um "abalo" depois que o atual ocupante do cargo, Joe Biden, abandonou a corrida, no último dia 21 de julho. A pesquisa divulgada nesta quinta mostra que, de lá para cá, 73% dos eleitores do partido democrata estão mais empolgados com a eleição desde que Kamala assumiu a candidatura da legenda.
O levantamento ouviu 4.253 pessoas nos Estados Unidos, sendo 3.562 eleitores registrados (nos Estados Unidos o voto não é obrigatório, e é preciso se registrar para votar). Apesar dos números apresentarem a diferença de expectativa geral de votos, a eleição no país é decidida por um colégio eleitoral, e nem sempre quem tem mais votos no total é eleito.
Portanto, a pesquisa da Reuters/Ipsos aponta que Kamala Harris ampliou sua vantagem sobre Donald Trump, principalmente entre mulheres e hispânicos, após a saída de Joe Biden da corrida presidencial. No entanto, a disputa ainda está acirrada e a eleição será decidida pelo colégio eleitoral, que nem sempre reflete o resultado do voto popular.