O Brasil se destaca como um dos principais produtores de hidrogênio verde no mundo

O Brasil se destaca como um dos principais produtores de hidrogênio verde no mundo

O Brasil está se posicionando como um dos principais produtores de hidrogênio verde no mundo, com investimentos anunciados para mais de 20 projetos nesta área que somam R$ 188,7 bilhões, de acordo com um estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Essa projeção é ainda mais promissora, pois o país deverá produzir hidrogênio com um dos menores custos do mundo até 2030, graças à sua matriz energética limpa e à alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável.

O Potencial do Hidrogênio Verde no Brasil

O hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis ou de fontes fósseis com captura e estocagem de carbono, é considerado um método eficaz para a descarbonização de indústrias que necessitam de calor em alta temperatura, como as de aço, vidro, química, alumínio e fertilizantes. Esse cenário coloca o Brasil em uma posição privilegiada, uma vez que sua matriz energética é 85% limpa.

Segundo o estudo da CNI, a maior parcela dos investimentos, cerca de R$ 110,6 bilhões, será destinada ao Porto de Pacém, no Ceará. Nesse estado, o governo local lançou, em fevereiro de 2021, um hub de hidrogênio verde que já estabeleceu quatro pré-contratos com empresas nacionais e internacionais. Outros portos brasileiros também estão desenvolvendo projetos para se destacarem como centros de hidrogênio de baixo carbono, como os portos de Parnaíba (PI), Suape (PE) e Açu (RJ).

A Liderança do Nordeste

A região Nordeste lidera o ranking com a maior quantidade de iniciativas de projetos de hidrogênio de baixo carbono, concentrando 41% das iniciativas no Ceará. Já no Sudeste, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo se destacam, com 11% e 8% dos projetos, respectivamente.

Essa concentração de investimentos no Nordeste se deve, em parte, ao interesse global pela importação de hidrogênio verde. Recentemente, a Alemanha organizou um leilão internacional para a compra de amônia verde, um produto químico com a maior demanda industrial de hidrogênio. A produção de amônia no Brasil consome cerca de 145 mil toneladas de hidrogênio por ano, o que representa uma oportunidade significativa para o país gerenciar sua balança comercial de commodities, uma vez que são importadas quantidades expressivas de fertilizantes nitrogenados.

Incentivos Governamentais e Expectativas de Lucro

Apesar do interesse global, o estudo da CNI menciona que ainda não há incentivos fiscais governamentais no Brasil para apoiar o nascimento do mercado de hidrogênio verde. Enquanto isso, os governos dos Estados Unidos e da Europa estão oferecendo subsídios massivos para a produção de hidrogênio gerado por fontes renováveis.

No entanto, a Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV) projeta que o setor de hidrogênio verde no Brasil terá um superávit de 75 bilhões até 2030. Essa expectativa de lucro, aliada ao baixo custo de produção e à alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável, coloca o Brasil em uma posição privilegiada para se destacar como um dos principais produtores de hidrogênio verde no mundo.

O Papel dos Portos Brasileiros

Os portos brasileiros desempenharão um papel fundamental no desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde no país. Além do Porto de Pacém, no Ceará, outros portos como Parnaíba (PI), Suape (PE) e Açu (RJ) estão investindo em projetos para se tornarem centros de produção e exportação desse combustível de baixo carbono.

Essa estratégia de concentrar os investimentos em hubs portuários permite que o Brasil aproveite sua vantagem competitiva na geração de energia renovável e se posicione como um importante player no mercado global de hidrogênio verde. Além disso, a produção de hidrogênio nesses portos facilitará a logística de exportação, atendendo à crescente demanda internacional por esse combustível limpo.

Conclusão

O Brasil está se destacando como um dos principais produtores de hidrogênio verde no mundo, com investimentos anunciados que somam R$ 188,7 bilhões em mais de 20 projetos nessa área. Essa projeção é ainda mais promissora, pois o país deverá produzir hidrogênio com um dos menores custos do mundo até 2030, graças à sua matriz energética limpa e à alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável.

A região Nordeste lidera os investimentos, com destaque para o Ceará, que já lançou um hub de hidrogênio verde. Outros portos brasileiros também estão se posicionando como centros de produção e exportação desse combustível de baixo carbono, como Parnaíba (PI), Suape (PE) e Açu (RJ).

Apesar da falta de incentivos fiscais governamentais no Brasil, a expectativa de lucro do setor de hidrogênio verde é promissora, com projeção de um superávit de 75 bilhões até 2030. Essa oportunidade, aliada ao baixo custo de produção e à alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável, coloca o Brasil em uma posição privilegiada para se destacar como um dos principais produtores de hidrogênio verde no mundo.

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