A safra de grãos do Brasil deve quebrar um novo recorde em 2025. As estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento apontam uma colheita de 322,5 milhões de toneladas. Caso a projeção se confirme, haverá um crescimento de 8% sobre 2024 e uma expansão de 1% em relação a 2023 — ano da maior produção até então. O impulso para o crescimento da safra vem da soja, o carro-chefe do agronegócio do Brasil.
A Soja na Safra de Grãos do Brasil
Atualmente, a soja responde por metade de toda a produção de grãos do país. Sua apreciação ocorre em razão das expectativas, uma vez que esse produto agrícola tem ampla aplicação para engorda de criações, como as de aves, suínos e bovinos, além de servir como matéria-prima para diversos setores industriais — incluindo o de alimentos.
Não é apenas no óleo de cozinha nem no molho shoyu que a fabricação ocorre a partir da soja. Na indústria de alimentos, esse grão serve para a produção de bebidas que imitam o leite, farinhas, conservas, embutidos e até mesmo a produção de doces, como o chocolate e massas que misturam cacau e avelã, a Nutella — marca mais famosa do mercado , é apenas um entre muitos exemplos.
Além disso, o grão de soja também gera insumos para as indústrias de cosméticos, produtos de higiene pessoal e combustíveis para produção de energia, entre outros. E o plantio dessa cultura ocorre em alternância com outras que também impulsionam a produção nacional, entre elas: milho, algodão e arroz.
Outras Culturas
O milho é responsável pela segunda maior safra nacional e responde por 37% de toda produção de grãos do Brasil. Sua aplicação vai da nutrição humana e animal à geração de etanol combustível. Por sua vez, o arroz aparece na terceira posição da colheita. A produção local deve atingir 12 milhões de toneladas — um pouco acima da demanda do mercado interno.
O algodão, uma das principais fibras para a confecção de tecidos, ocupa o quarto lugar em volume na safra de grãos — sua inclusão ocorre em razão do caroço, que no Brasil é usado para a fabricação de rações animais e óleo comestível, igual ao de soja.
Com essa projeção recorde de 322,5 milhões de toneladas, o Brasil consolida sua posição como um dos maiores produtores e exportadores de grãos do mundo, impulsionando ainda mais a economia do país e a segurança alimentar global.