Em meio a uma seca de IPOs (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) que já se arrasta por três anos e o cenário macroeconômico potencializando as dificuldades, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, e o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, têm visões otimistas para o mercado de capitais brasileiro.
Durante painel realizado no segundo dia da 25ª Conferência Anual Santander, nesta quarta-feira (28), Finkelsztain destacou que, olhando em retrospecto, o mercado de capitais avançou muito nos últimos 7 anos, com trabalho em diversos aspectos que eram motivo de preocupação. Neste sentido, ele destacou os avanços feitos principalmente nos últimos 18 meses, com a maior liquidez no mercado secundário, em que os investidores negociam títulos entre si.
Finkelsztain lembra da preocupação sobre a demanda de empresas brasileiras para realizar abertura de capital, e ressaltou que existem entre 50 e 100 empresas já preparadas para vir a mercado. Nascimento, da CVM, prefere o discurso do "copo meio cheio", já que entre 2022 e 2024, quando se pensa em emissões de ações, houve um cenário desafiador no mundo todo.
"O interessante é que no Brasil ainda tivemos alguns pontos positivos. O crédito corporativo no âmbito das companhias abertas não para de crescer. Não faltam recursos para as companhias realizarem as suas atividades e o mercado de capitais continua desempenhando a sua função econômica essencial", afirma Nascimento.
Em complemento, Finkelsztain diz que as incertezas, hoje, são muito menores na comparação com um ano atrás, o que deve resultar em boas oportunidades nos próximos 12 meses.
"Obviamente, estou falando aqui de nível monetário global, com controle de inflação no mundo, além de uma agenda também mais previsível e de responsabilidade fiscal no Brasil. Temos hoje um arcabouço regulatório, uma infraestrutura e agentes de mercado sólidos, comparáveis a quaisquer outros mercados globais, que se traduzem em uma liquidez significativa", completa o CEO da B3.
O Cenário Desafiador dos Últimos Anos
Nos últimos anos, o mercado de capitais brasileiro enfrentou diversos desafios, com uma seca de IPOs que se arrasta desde 2019. O cenário macroeconômico, marcado por incertezas e volatilidade, potencializou essas dificuldades.
Apesar disso, Finkelsztain e Nascimento destacam que houve avanços importantes no mercado, principalmente nos últimos 18 meses. A maior liquidez no mercado secundário, com os investidores negociando títulos entre si, é um desses avanços.
Outro ponto positivo é o crescimento contínuo do crédito corporativo no âmbito das companhias abertas. Segundo Nascimento, não faltam recursos para as empresas realizarem suas atividades, e o mercado de capitais continua desempenhando sua função econômica essencial.
Perspectivas Otimistas para o Futuro
Mesmo diante dos desafios enfrentados, Finkelsztain e Nascimento têm uma visão otimista para o futuro do mercado de capitais brasileiro. Eles acreditam que as incertezas são muito menores hoje em comparação com um ano atrás, o que deve resultar em boas oportunidades nos próximos 12 meses.
Finkelsztain destaca que o cenário monetário global, com o controle da inflação, e a agenda mais previsível e de responsabilidade fiscal no Brasil, são fatores que contribuem para esse otimismo. Além disso, o arcabouço regulatório, a infraestrutura e os agentes de mercado sólidos, comparáveis a outros mercados globais, se traduzem em uma liquidez significativa.
Nascimento, por sua vez, ressalta que, mesmo em um cenário desafiador no mundo todo entre 2022 e 2024, o Brasil ainda apresentou alguns pontos positivos, como o crescimento contínuo do crédito corporativo no âmbito das companhias abertas.
Conclusão
Apesar dos desafios enfrentados pelo mercado de capitais brasileiro nos últimos anos, os líderes do setor, como Gilson Finkelsztain e João Pedro Nascimento, mantêm uma visão otimista para o futuro. Eles destacam os avanços realizados, especialmente nos últimos 18 meses, e acreditam que as perspectivas são positivas para os próximos 12 meses.
O controle da inflação global, a agenda mais previsível e de responsabilidade fiscal no Brasil, além de um arcabouço regulatório, infraestrutura e agentes de mercado sólidos, são fatores que contribuem para esse otimismo. Mesmo diante de um cenário desafiador no mundo todo, o mercado de capitais brasileiro continua desempenhando sua função econômica essencial, com o crescimento contínuo do crédito corporativo.
Essa perspectiva otimista dos líderes do setor é um sinal positivo para o futuro do mercado de capitais brasileiro, que, apesar dos desafios, segue em uma trajetória de desenvolvimento e fortalecimento.