O BB Investimentos cortou o preço-alvo para 2025 do Magazine Luiza (MGLU3) de R$ 36,80 para R$ 20,30, com manutenção da recomendação de compra. A mudança incorpora os resultados do primeiro semestre de 2024 da varejista e o atual cenário macroeconômico. Apesar da queda de 81% no preço, ainda equivale a um potencial de valorização de 50,7% em relação ao fechamento de quarta-feira (29).
Neste cenário e com a expectativa de que a companhia mantenha bons números nos próximos trimestres, se formou com modelo com elevado potencial de valorização e recomendação de compra para o Magazine Luiza.
Magazine Luiza supera estimativas do mercado
A varejista superou as estimativas do mercado e entregar lucro líquido de R$ 37,4 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24). A cifra representa uma reversão do prejuízo de R$ 198,8 milhões no mesmo período de 2023.
Em teleconferência realizada após a divulgação dos resultados, o presidente-executivo da companhia, Frederico Trajano, afirmou que o crescimento na margem permitirá a retomada do crescimento a partir do segundo semestre.
"A expansão da margem do Magalu dá conforto para pensarmos em retorno ao crescimento a partir do segundo semestre", disse. Ele destacou ainda que a empresa trabalha para que a margem de 7,9% atingida neste trimestre não abaixe.
Juros não são mais um problema para o Magazine Luiza
Sobre os juros, Trajano afirmou que a companhia não precisa e não depende de uma boa notícia em relação à Selic para ir bem, e as margens elevadas são a razão para isso.
"Não queremos mais ser pegos de surpresa com uma agenda do Banco Central que não depende da gente", afirmou Trajano na teleconferência.
Essa declaração mostra que o Magazine Luiza está blindado contra as altas da taxa básica de juros, que têm impactado negativamente diversos setores da economia.
Perspectivas positivas para o Magazine Luiza
Com a superação das estimativas do mercado no segundo trimestre e a expectativa de manutenção da margem elevada, o Magazine Luiza se posiciona como uma opção atraente para os investidores.
Mesmo com o corte no preço-alvo, a recomendação de compra e o potencial de valorização de 50,7% indicam que a ação da varejista ainda possui espaço para valorização.
Além disso, a blindagem contra os juros altos é um diferencial importante em um cenário de incertezas macroeconômicas.
Portanto, o Magazine Luiza se apresenta como uma opção interessante para os investidores que buscam exposição ao varejo com uma empresa que demonstra capacidade de se adaptar às adversidades do mercado.