Vale do Rio Doce acelera a produção de Minério de Ferro e melhora a comunicação

Vale do Rio Doce acelera a produção de Minério de Ferro e melhora a comunicação

O novo presidente-executivo da Vale (VALE3), Gustavo Pimenta, está determinado a acelerar a estratégia da companhia, com alguns dos principais focos sendo recuperar a capacidade de produção perdida de minério de ferro e melhorar a comunicação da empresa com as autoridades e a população brasileira em geral.

Essas mensagens foram transmitidas pelo executivo durante sua primeira reunião com analistas de mercado, após ter assumido o cargo no início do mês, de acordo com relatórios de alguns bancos enviados a clientes.

Recuperando a Capacidade de Produção de Minério de Ferro

Segundo os analistas do Citi, Pimenta deseja expandir a produção de minérios de ferro para 340 milhões a 360 milhões de toneladas por ano - antes da previsão de entre 323 milhões e 330 milhões de toneladas para 2024 -, sem informar um prazo específico. A companhia, de acordo com o Citi, está autorizando uma desaceleração da demanda chinesa por minério de ferro, mas observa um potencial de crescimento da Índia e do Sudeste Asiático.

Os projetos que a Vale está trazendo para atingir a capacidade-alvo de 350 milhões de toneladas vêm com uma intensidade de Capex muito baixa, pois são projetos existentes sendo recuperados e que já são atendidos por soluções de logística, conforme apontado pelos analistas do JP Morgan.

Além disso, a Vale tem sentido uma demanda futura cada vez mais forte por produtos aglomerados e trabalhados para atender às expectativas do mercado relacionadas à mistura correta da proteína, segundo o Citi.

Melhorando a Comunicação

Outra prioridade de Pimenta é melhorar a comunicação da Vale com as autoridades e a sociedade em geral. Os analistas do JP Morgan afirmam que a agenda institucional é muito importante para a diretoria, que sente que há uma oportunidade de melhorar as comunicações com as partes interessadas, especialmente com o governo, para que todas as partes saibam o que a Vale está fazendo.

"Não se trata de fazer algo diferente ou além do que está sendo feito. Trata-se de comunicar melhor e conduzir uma agenda positiva com as partes interessadas. Esta é uma fruta fácil de colher para a diretoria com potencial de impacto substancial para o Vale", destacam os analistas do JP Morgan.

Desafios Operacionais e Foco em Metais Básicos

A Vale ainda enfrenta desafios operacionais após o rompimento de barragens em Minas Gerais, com critérios mais elevados relacionados à segurança e também à necessidade de migrar para outros processos que lidam com rejeitos do processamento de minério de ferro como alternativa às barragens.

Do lado dos metais básicos, os analistas apontaram que Pimenta buscará aumentar a atuação da empresa nesse segmento, com maior destaque para o cobre, cuja produção poderá atingir 500 mil toneladas até 2028.

Redução de Custos e Eficiência Organizacional

Além disso, o Relatório do Santander destacou que Pimenta quer reduzir custos, com o custo da caixa C1 abaixo de 20 dólares por tonelada, e aumentar a eficiência organizacional, investindo em novas tecnologias para aumentar a produtividade sem comprometer a segurança.

Em resumo, a nova liderança da Vale está determinada a acelerar a estratégia da companhia, com foco na recuperação da capacidade de produção de minério de ferro, melhoria da comunicação com autoridades e sociedade, além de uma maior atuação em metais básicos e redução de custos. Essas iniciativas visam posicionar a Vale para um futuro ainda mais promissor no setor de mineração.

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