O grande dia chegou. Hoje, 30 de agosto de 2024, serão divulgados os dados do Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE), o índice inflacionário preferido do Federal Reserve. Investidores de todo o mundo aguardam ansiosamente por esses números, que irão moldar as expectativas em relação aos próximos passos da política monetária americana.
As projeções medidas pelo Investing.com apontam para uma alta de 0,2% em agosto e 2,6% no ano. Já o núcleo, que exclui preços voláteis, como alimentação e energia, deve avançar 0,2% e 2,7%, respectivamente. Esses dados são cruciais para entender a trajetória da inflação nos Estados Unidos e, consequentemente, as decisões do Fed.
A Tese do Corte de Juros
A ferramenta de monitoramento CME FedWatch aponta para um aumento nas projeções de um corte mais brando, de 66% para 67,5% das apostas. Já 32,5% projetam que o Fed fará um corte maior nos juros — seguindo a tese de que a autoridade monetária errou a mão na hora de manter os juros elevados.
Essa tese ganhou força nos últimos meses, à medida que os indicadores econômicos mostraram sinais de desaceleração. Alguns analistas acreditam que o Fed foi excessivamente agressivo em sua política de juros altos, o que pode ter prejudicado o crescimento econômico.
O Impacto no Mercado Brasileiro
Por aqui, o destaque vai para a taxa de desemprego, medida pela Pnad Contínua. O indicador será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) agora de manhã. Esse dado é fundamental para entender a saúde do mercado de trabalho brasileiro e suas implicações para a economia.
Além disso, o mercado deve ficar de olho no eventual anual promovido pela XP Investimentos, a Expert XP 2024. Para hoje, estão programadas palestras com Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Essas apresentações podem fornecer insights valiosos sobre as perspectivas da economia brasileira.
O Desempenho do Ibovespa
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) fechou em queda, em movimento de correção do mercado. O principal índice da Bolsa brasileira fechou em leve baixa de 0,95%, a 136.041,35 pontos, segundo dados preliminares.
Esse recuo pode ser visto como uma oportunidade de compra para investidores que acreditam no potencial de valorização do mercado acionário brasileiro. No entanto, é importante acompanhar de perto os próximos movimentos, especialmente após a divulgação dos dados do PCE e suas implicações para a política monetária.
Cenário Internacional
No cenário internacional, as bolsas asiáticas apresentaram desempenho positivo nesta manhã. O Nikkei, em Tóquio, subiu 0,74%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, avançou 1,14%. A Bolsa de Xangai também registrou alta de 0,68%.
Nas bolsas europeias, que estão em funcionamento, os principais índices também operam em território positivo. O FTSE 100, de Londres, sobe 0,31%, o DAX, de Frankfurt, avança 0,21%, e o CAC 40, de Paris, ganha 0,49%.
Nos mercados futuros de Wall Street, o Nasdaq apresenta alta de 0,69%, o S&P 500 avança 0,40% e o Dow Jones sobe 0,18%.
Commodities e Criptomoedas
No mercado de commodities, o petróleo Brent e o WTI registram leves altas de 0,01%, cotados a US$ 78,83 e US$ 75,92 o barril, respectivamente. Já o minério de ferro recua 0,53%, negociado a US$ 106,31 por tonelada em Dalian.
No segmento de criptomoedas, o Bitcoin (BTC) sobe 0,09%, cotado a US$ 59.642, enquanto o Ethereum (ETH) cai 0,76%, a US$ 2.524.
Esses movimentos nos mercados globais refletem as expectativas em torno dos dados do PCE e suas implicações para a política monetária do Fed. À medida que os investidores aguardam os próximos passos da autoridade monetária americana, o cenário econômico brasileiro também será fortemente influenciado por esses desdobramentos.
Acompanhe conosco a evolução desse cenário e fique por dentro das principais notícias e análises sobre a economia, a indústria e a tecnologia. A COMPRACO está aqui para mantê-lo informado e auxiliá-lo em suas decisões estratégicas.
