Dólar cai pela 5ª vez consecutiva: Expectativas sobre juros no Brasil e EUA

Dólar cai pela 5ª vez consecutiva: Expectativas sobre juros no Brasil e EUA

O dólar fechou esta 3ª feira (17.set.2024) cotado a R$ 5,49 –queda de 0,39% no dia. É a 5ª vez consecutiva que a moeda norte-americana opera em retração. O resultado vem durante as expectativas pelos anúncios das taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos. Os bancos centrais de ambos os países anunciarão o novo patamar das taxas básicas na 4ª feira (18.set).

Expectativas para os Juros nos EUA

As expectativas do mercado em relação aos indicadores de juros nos EUA são diferentes: espera-se uma queda nos juros, influenciada especialmente pelos indícios de desaceleração da economia norte-americana. A plataforma Investing mostra uma probabilidade de 62% de uma queda de meio ponto percentual na alíquota. A chance de um corte menor (0,25 ponto percentual) é de 38%.

Expectativas para os Juros no Brasil

Já no Brasil, o mercado já precificou uma alta nos juros. A expectativa é uma elevação de 0,25 ponto percentual na Selic. Um dos motivos que justificam a previsão é a alta do dólar. O câmbio mais caro pressiona a inflação por causa do preço das importações. Apesar da queda no dólar, o câmbio ainda está em um patamar elevado. A moeda está acima de R$ 5 desde 28 de março, ou seja, há 173 dias.

O Papel do Banco Central do Brasil

O Banco Central do Brasil já afirmou que elevaria as taxas caso a inflação ficasse fora do controle. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela influencia diretamente as alíquotas que serão cobradas de empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, a Selic também impacta o rendimento de aplicações. Atualmente, a taxa está em 10,50% ao ano.

Portanto, as expectativas do mercado apontam para uma queda nos juros nos EUA e uma alta na Selic no Brasil, em meio à volatilidade do dólar e seus impactos na inflação do país. Essas decisões dos bancos centrais serão acompanhadas de perto pelos investidores e analistas, que buscam entender os rumos da política monetária e seus reflexos na economia.

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