Lula prioriza Agenda Oficial e evita participar de Comícios Eleitorais em 2024

Lula prioriza Agenda Oficial e evita participar de Comícios Eleitorais em 2024

Em conversas recentes com a cúpula do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alegou cansaço e preocupação com a logística de segurança para não participar de comícios país afora nas eleições municipais de 2024. A ausência do principal nome do partido vem frustrando a cúpula petista, que esperava maior engajamento do chefe do Executivo para conquistar ao menos uma prefeitura de capital.

Lula disse aos correligionários que precisaria ir além do expediente para participar das campanhas. Isso porque a legislação proíbe que agentes públicos participem de atos eleitorais durante o horário de trabalho. Também proíbe o uso de recursos públicos para tal finalidade. Dessa forma, o PT teria que arcar com as viagens do presidente.

O petista também expressou preocupação com a logística que envolve seus deslocamentos. Ainda que seja para um evento não oficial, a equipe de segurança, comandada pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e seus assessores trabalham antes e durante suas viagens.

Ausência Frustra Cúpula do PT

O PT gostaria que o presidente estivesse presente nas campanhas em Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Vitória (ES), Natal (RN) e Goiânia (GO). Em 2020, o partido não ganhou em nenhuma capital e espera reverter esse cenário em 2024. Mas a ala da legenda que organiza a estratégia eleitoral diz não acreditar mais que Lula estará nesses palanques antes do 1º turno, que será realizado em 6 de outubro.

Lula já visitou algumas dessas cidades no 2º semestre. Mas teve compromissos oficiais e esteve com os candidatos só nos bastidores, para fotos e vídeos. Quis evitar também a acusação de que estaria aproveitando viagens de governo para realizar atos de campanha em seguida.

Prioridade em São Paulo

A única cidade que Lula ainda deve visitar antes do 1º turno para agenda eleitoral é São Paulo. O petista deverá ir ao menos mais uma vez para a capital paulista, em 29 de setembro, a 6 dias da eleição. A vitória de Guilherme Boulos (Psol) é considerada pelo presidente a maior prioridade neste ano.

O PT destinou R$ 30 milhões para a candidatura do psolista, que tem Marta Suplicy (PT) como candidata a vice. No fim de agosto, Lula participou de 2 comícios ao lado de Boulos em São Paulo. Também participou de uma das propagandas eleitorais do candidato, em que apareceu visitando o psolista em sua casa no bairro Campo Limpo, na capital paulista.

Cansaço e Preocupação com Segurança

Apesar da frustração da cúpula petista, Lula alega cansaço e preocupação com a logística de segurança para justificar sua ausência nos demais comícios. O presidente diz que precisaria ir além do expediente para participar das campanhas, o que é proibido pela legislação eleitoral. Além disso, os deslocamentos do presidente envolvem uma equipe de segurança e assessores que trabalham antes e durante as viagens.

Dessa forma, o PT terá que arcar com os custos das viagens de Lula, o que pode ser um empecilho para a legenda. Ainda assim, o partido espera reverter o cenário de 2020, quando não conquistou nenhuma prefeitura de capital. Mas a ala que organiza a estratégia eleitoral acredita que Lula não estará presente nos palanques antes do 1º turno, com exceção de São Paulo, onde a vitória de Boulos é considerada a maior prioridade.

Cautela com Acusações de Uso de Recursos Públicos

Lula também quis evitar acusações de que estaria aproveitando viagens de governo para realizar atos de campanha em seguida. Por isso, em algumas das cidades que visitou, o presidente esteve com os candidatos apenas nos bastidores, para fotos e vídeos, sem participar diretamente dos comícios.

Essa cautela de Lula reflete a preocupação do PT em não dar munição para adversários políticos que possam acusá-lo de usar a máquina pública em benefício próprio ou do partido. A legislação eleitoral é clara ao proibir o uso de recursos públicos para fins eleitorais, o que pode gerar questionamentos e processos judiciais.

Portanto, a ausência de Lula nos comícios eleitorais de 2024 se deve a uma combinação de fatores, como cansaço, preocupação com a logística de segurança e a necessidade de evitar acusações de uso indevido da máquina pública. Apesar da frustração da cúpula petista, o presidente prioriza sua agenda oficial e busca se manter dentro dos limites legais, mesmo que isso signifique uma participação mais discreta nas campanhas municipais.

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