Mercados Globais em Queda: Inflação e política externa de Trump no radar

Mercados Globais em Queda: Inflação e política externa de Trump no radar

Os mercados mundiais operam em trajetória negativa nesta manhã de terça-feira (12), com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) no radar dos investidores. Além disso, acompanham a formação do gabinete do presidente eleito de extrema direita, o republicano Donald Trump.

Na agenda do dia, também são esperados comentários de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), que, na semana passada, reduziram a taxa de juros em 25 pontos-base. Na Europa, os mercados europeus operam em baixa com os investidores aguardando a abertura das eleições estadunidenses e os impactos da política externa de Trump no comércio entre os países do bloco e os EUA.

Cenário Brasileiro

Por aqui, o destaque de hoje é a ata da reunião da semana passada do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual na semana passada, para 11,25% ao ano. O documento deve apontar na direção de que novos ajustes para cima da Selic são esperados, diante das incertezas inflacionárias no horizonte.

Hoje também serão divulgadas as vendas no varejo de setembro, um dado importante para medir a saúde do consumo interno. A expectativa é que o setor apresente desempenho moderado, dado o cenário de abertura nas condições de crédito e o aumento do custo de vida.

O Ibovespa oscilou na segunda-feira (11) durante toda a sessão, e acabou fechando com nível alta de 0,03%, para 127.873 pontos, um ganho de 43,90 pontos. O índice rondou a estabilidade por quase toda sessão.

A vitória do republicano Donald Trump continua repercutindo nos mercados, principalmente sobre o dólar e os bitcoins. Ao longo da semana, será divulgada uma série de indicadores inflacionários nos Estados Unidos, ajudando a dar uma dimensão sobre o que pode esperar do futuro econômico do país.

Por aqui, o foco continua enviando o pacote de corte de gastos do governo, que ainda segue indefinido. O governo não quer medidas apenas emergenciais para salvar o arcabouço fiscal e, por isso, está pensando de forma mais estruturante, por isso a demora.

O dólar comercial fechou com avanço de 0,56%, cotado para R$ 5,77.

Cenário Europeu

As bolsas europeias operam no campo negativo, enquanto os investidores avaliam o que o retorno do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, à Casa Branca pode significar para a economia da região.

Nas notícias das regiões, a taxa de desemprego do Reino Unido subiu para 4,3% nos três meses até setembro, à medida que o crescimento salarial continua a desacelerar, segundo dados do Escritório de Estatísticas Nacionais.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,65% DAX (Alemanha): -1,04% CAC 40 (França): -1,10% FTSE MIB (Itália): -0,98% STOXX 600: -0,96%

Cenário Americano

Os índices futuros de Nova York fecharam em alta na véspera com o mercado otimista em relação a Donald Trump. Porém, hoje estão em baixa.

Dow Jones Futuro: -0,14% S&P 500 Futuro: -0,11% Nasdaq Futuro: -0,08%

Cenário Asiático

Os mercados da Ásia fecharam majoritariamente no vermelho, com investidores repercutindo a formação do governo de Donald Trump, que promete ser linha dura com a China, e o recente plano de estímulo do governo chinês, o que não animou os agentes.

Xangai SE (China), -1,39% Nikkei (Japão): -0,40% Índice Hang Seng (Hong Kong): -2,84% Kospi (Coreia do Sul): -1,94% ASX 200 (Austrália): -0,13%

Mercado de Petróleo

Os preços do petróleo operam com nível alto, com investidores aguardando novas orientações de preços do relatório mensal da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), depois que o plano de estímulo da China e as preocupações com o excesso de oferta tiraram a respiração dos mercados em sessões anteriores.

Petróleo WTI, +0,26%, a US$ 68,22 o barril Petróleo Brent, +0,25%, a US$ 72,01 o barril

Agenda do Dia

Nos EUA, saem os dados de expectativa de inflação ao consumidor de outubro.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (11) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que mais um ministério seja incluído no grupo que será afetado pelo pacote de contenção de gastos planejados pelo governo federal. "O presidente pediu um esforço para incluir um ministério nesse esforço, com uma negociação que deve ser concluída até quarta-feira (13)", disse Haddad em entrevista a jornalistas na saída da Fazenda. Na agenda de hoje, os destaques são a ata da última reunião do Copom e as vendas no varejo de setembro.

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