A Petrobras, a maior empresa de petróleo e gás do Brasil, anunciou que buscará reduzir ao máximo a reinjeção de gás natural em poços de petróleo a partir das novas plataformas de produção, onde houver viabilidade técnica. Essa declaração foi feita pela presidente da companhia, Magda Chambriard, em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (28).
A decisão da Petrobras ocorre após o governo federal publicar um decreto que autoriza a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a determinar que as empresas petrolíferas reduzam a reinjeção do gás natural em poços de petróleo. O objetivo é elevar a oferta do insumo no mercado nacional e, consequentemente, reduzir os preços.
Transição Energética e Barateamento de Produtos
Segundo Chambriard, a Petrobras entende que o gás natural é um recurso energético importante para o país e, por isso, a empresa buscará fazer "o máximo possível" para reduzir a reinjeção desse insumo. Essa medida, de acordo com a executiva, trabalha na direção da transição energética e do barateamento dos produtos brasileiros, além de revitalizar a indústria nacional e fornecer gás a preços acessíveis para a população.
"Nós vamos fazer o máximo possível porque entendemos que gás é um energético do país. Isso trabalha na direção da transição energética, na direção do barateamento dos produtos brasileiros, no sentido de revigorar a nossa indústria, de fornecer gás a preços acessíveis para a nossa população", afirmou Chambriard.
Limitações Técnicas e Infraestrutura
No entanto, a presidente da Petrobras ressaltou que o aumento do aproveitamento de gás natural se dará principalmente a partir de novas plataformas, uma vez que algumas das unidades já existentes foram projetadas no governo anterior sem a possibilidade de exportação de gás para a costa.
"Nas (plataformas) que já estão lá (em operação) e nas que já estão sendo entregues, isso não vai ser possível, por isso até que o decreto diz que nós vamos fazer isso onde há viabilidade técnica, nós não podemos fazer isso onde não há mais viabilidade técnica", explicou Chambriard.
Além disso, o Brasil enfrenta uma escassez de infraestrutura para o escoamento do gás natural produzido em águas ultraprofundas. Atualmente, o país conta apenas com o gasoduto da Petrobras Rota 3, que deve entrar em operação até o fim de setembro, após anos de atraso. Não há outros gasodutos em construção para atender os campos já em operação.
Novo Hub de Gás do Pré-Sal
Apesar das limitações, a Petrobras confirmou que está estudando a implantação de uma nova plataforma em Búzios, o que seria a 12ª unidade do tipo FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) no megacampo do pré-sal localizado na Bacia de Santos. Essa nova plataforma criaria um novo "hub" de gás do pré-sal.
Chambriard reiterou que Búzios será "disparado maior campo do Brasil", com produção que ultrapassará 1 milhão de barris por dia. Essa declaração confirma uma reportagem da Reuters publicada anteriormente.
A decisão da Petrobras de reduzir a reinjeção de gás natural em novos projetos é um passo importante para a transição energética do país e para o barateamento de produtos, conforme destacado pela própria presidente da companhia. No entanto, desafios relacionados a limitações técnicas e infraestrutura ainda precisam ser superados para que essa medida tenha um impacto significativo no mercado de gás natural brasileiro.
Conclusão
A Petrobras, maior empresa de petróleo e gás do Brasil, anunciou que buscará reduzir ao máximo a reinjeção de gás natural em poços de petróleo a partir das novas plataformas de produção, onde houver viabilidade técnica. Essa decisão ocorre após o governo federal publicar um decreto autorizando a ANP a determinar a redução da reinjeção, com o objetivo de elevar a oferta do insumo no mercado nacional e reduzir os preços.
Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, essa medida trabalha na direção da transição energética e do barateamento dos produtos brasileiros, além de revitalizar a indústria nacional e fornecer gás a preços acessíveis para a população. No entanto, a executiva ressaltou que o aumento do aproveitamento de gás natural se dará principalmente a partir de novas plataformas, devido a limitações técnicas e de infraestrutura em algumas unidades já existentes.
Apesar dos desafios, a Petrobras confirmou que está estudando a implantação de uma nova plataforma em Búzios, o que criaria um novo "hub" de gás do pré-sal. Essa nova unidade, juntamente com a redução da reinjeção de gás em novos projetos, pode contribuir significativamente para a transição energética e o barateamento de produtos no Brasil.