O Brasil lidera a criação de empregos em energia renovável na América Latina

O Brasil lidera a criação de empregos em energia renovável na América Latina

O Brasil se destaca como líder na criação de empregos no setor de energia renovável na América Latina, de acordo com um novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). O país fechou o ano de 2023 com 1,57 milhão de empregos na indústria de energia renovável, um aumento substancial em relação aos anos anteriores.

O Destaque do Setor de Biocombustíveis

O setor de biocombustíveis é o principal impulsionador dessa criação de empregos no Brasil, respondendo por cerca de 994.260 postos de trabalho em 2023. O país é o terceiro maior produtor de biodiesel do mundo, atrás apenas da Indonésia e dos Estados Unidos. A produção de biodiesel atingiu 7,54 bilhões de litros em 2023, um aumento significativo em relação aos 6,42 bilhões de litros registrados no ano anterior.

Além disso, o Brasil ocupa o segundo lugar mundial na produção de bioetanol. Dados governamentais indicam que havia 359.700 empregos na produção de bioetanol em 2022, com uma projeção de aumento para cerca de 390.560 empregos em 2023, acompanhando o crescimento estimado de 8,6% na produção de etanol combustível no país.

Avanços nas Energias Solar e Eólica

Embora a hidrelétrica ainda seja a maior indústria de energia renovável do Brasil, as indústrias de energia solar e eólica têm se destacado por seu dinamismo e crescimento acelerado.

Em 2023, o Brasil instalou 11,9 GW de nova capacidade de energia solar fotovoltaica (PV), o quarto maior aumento mundial, atrás apenas da China, Estados Unidos e Alemanha. Isso elevou o total acumulado de capacidade solar PV no país para 37,4 GW, colocando-o na sexta posição mundial. A IRENA estima que os empregos no setor solar fotovoltaico no Brasil sejam de cerca de 264.000 em 2023.

No setor eólico, o país adicionou cerca de 5 GW de capacidade em 2023, o maior volume já instalado no país. O Brasil ficou em terceiro lugar mundial em adições de capacidade eólica em 2023 (e em sétimo lugar em termos de instalações acumuladas). A IRENA estima que os empregos na indústria eólica do Brasil tenham crescido para 80.300 em 2023.

Uma Transição Energética Promissora

O relatório da IRENA destaca que 2023 registrou o maior aumento já visto em empregos no setor de energia renovável a nível global, passando de 13,7 milhões em 2022 para 16,2 milhões. Esse salto de 18% reflete o forte crescimento das capacidades de geração de energia renovável, juntamente com a contínua expansão da fabricação de equipamentos.

Nesse contexto, o Brasil se destaca como um dos líderes, ocupando a terceira posição mundial em número de empregos no setor de energia renovável, com 1,56 milhão de postos de trabalho. Apenas a China e a União Europeia superam o país nesse ranking.

O diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera, ressalta a importância de uma colaboração internacional fortalecida para apoiar políticas e capacitação em países que ainda não se beneficiaram plenamente da criação de empregos em energias renováveis. Essa colaboração pode mobilizar um maior financiamento e impulsionar a transição energética em todo o mundo.

O Brasil tem demonstrado seu compromisso com a transição energética e sua liderança na criação de empregos no setor de energia renovável na América Latina. Esse cenário promissor reforça a importância de investimentos contínuos e de políticas públicas que fomentem ainda mais o desenvolvimento desse setor estratégico para o país.

Conclusão

O relatório da IRENA evidencia o protagonismo do Brasil na criação de empregos no setor de energia renovável na América Latina. O país se destaca principalmente no segmento de biocombustíveis, com forte presença também nas indústrias de energia solar e eólica.

Essa trajetória de crescimento reflete os esforços do Brasil em promover a transição energética e aproveitar o potencial das fontes renováveis. À medida que o país avança nesse caminho, a expectativa é de que a geração de empregos nesse setor continue a se expandir, impulsionando o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental.

A colaboração internacional e o apoio a políticas públicas voltadas para a energia renovável serão fundamentais para que o Brasil e outros países da região possam consolidar seus avanços e ampliar ainda mais os benefícios socioeconômicos da transição energética.

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