A Inteligência Artificial trouxe muitas oportunidades e desafios no desenvolvimento de software. No entanto, a maioria das pessoas esquece as implicações éticas disso.
de acordo com um painel de especialistas convocada pela União Europeia:
- Controle humano: A IA não deve ser vista como um substituto da autonomia humana, nem limitá-la. Todos os sistemas deveriam ser supervisionados por humanos que deveriam ser os únicos a decidir se as decisões tomadas pelo software são “certas ou erradas”.
- Segurança robusta: como a IA trabalha com dados confidenciais e toma decisões com base neles, todos os sistemas devem ser extremamente seguros e precisos. Isto significa que têm de ser fortes face a ataques externos e confiáveis no seu processo de tomada de decisões.
- Dados privados: a segurança afeta os dados coletados, pois deve garantir que todas as informações coletadas sejam privadas e assim permaneçam.
- Transparência: Os sistemas de IA, mesmo os mais complexos, devem ser facilmente compreensíveis por qualquer ser humano. As empresas que os utilizam devem explicar como o software de IA funciona e toma suas decisões e torná-lo bem claro para os usuários finais entenderem.
- Diversificado e imparcial: todos os sistemas de IA devem estar disponíveis para toda a humanidade, independentemente da idade, sexo, raça ou qualquer outra característica. Além disso, nenhuma dessas características deve ser usada para influenciar os resultados e as decisões tomadas pela IA.
- Bem-estar social: Os sistemas de IA devem perseguir qualquer objetivo, desde que promovam mudanças sociais positivas. O painel de peritos sublinhou a necessidade de todas elas serem sustentáveis, o que significa que as soluções de IA devem ser ecologicamente responsáveis como um aspecto central dessa mudança social.
- Responsabilidade: tudo relacionado às ações da IA deve ser auditável. A ideia é garantir que o impacto negativo destes sistemas seja reduzido ao mínimo. Além disso, isto também significa que qualquer impacto negativo que possa surgir deve ser comunicado em devido tempo.
Enfrentar tal desafio não será fácil. À medida que os governos lutam para manter o ritmo do desenvolvimento extremamente dinâmico da IA e as empresas mantêm o seu poder sobre esses avanços, os valores fundamentais propostos parecem boas orientações para começar – mas hoje isto parece mais uma utopia do que uma realidade.
Nesse sentido, sentem-se mais próximos das regras simplistas de Asimov do que de um quadro ético maduro na era da IA. No entanto, eles compartilham a intenção do escritor de controlar o desenvolvimento da inteligência artificial para que ela não acabe sendo apenas uma ferramenta de lucro e controle, mas sim um avanço para todas as pessoas.
O caminho a seguir promete ser difícil e pede-nos que permaneçamos vigilantes e activos para garantir que a inteligência artificial resulte em mudanças positivas para todos e não apenas no futuro distópico sobre o qual alguns nos alertam.
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Fonte: BairesDev
