O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e aproveitou para dizer que a indicação de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária, para a liderança da autarquia é extraordinária.
Críticas ao Presidente do Banco Central
"O atual presidente do Banco Central está atuando mais como um político do que como um economista. Ele oferece muitas reuniões políticas, o que não deveria acontecer. A taxa de juros no Brasil atualmente não tem justificativa", disse Lula em entrevista à Rádio MaisPB.
O presidente afirmou que o problema é que, no imaginário do mercado, o presidente do Banco Central deve ser um representante do sistema financeiro. Para Lula, esse cargo deve ser ocupado por "alguém que goste deste país, que pense na soberania nacional e que tome as decisões corretas".
Indicação de Gabriel Galípolo
Lula elogiou a indicação de Galípolo para a liderança do Banco Central, afirmando que é uma escolha "extraordinária". O presidente disse que até o próximo ano toda a equipe do Banco Central será renovada.
"A indicação de Galípolo é extraordinária, e vamos nomear mais pessoas ainda este ano, pois até o próximo ano toda a equipe do Banco Central será renovada", afirmou.
Papel do Banco Central
O presidente disse que Galípolo poderá subir ou cortar os juros, caso ache necessário, mas que é preciso ter uma explicação. Lula também criticou o foco apenas no controle da inflação.
"O papel do Banco Central não é apenas controlar os juros, ele também deve ter uma meta de crescimento. Se não tivermos uma meta de crescimento alinhada com a meta de inflação e com a melhoria da qualidade de vida da população, o país não vai para lugar nenhum", completou.
Independência do Banco Central
Sobre a independência do Banco Central e mandato dos diretores, Lula reforçou que é contra, mas que não vai mudar a configuração da autoridade monetária.
"Eu sou contra a independência do Banco Central, mas não vou mudar a configuração da autoridade monetária", disse o presidente.
Em resumo, Lula criticou duramente a atuação do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e elogiou a indicação de Gabriel Galípolo para a liderança da autarquia. O presidente também defendeu uma mudança no papel do Banco Central, com foco não apenas no controle da inflação, mas também no crescimento econômico e na melhoria da qualidade de vida da população.