Vale a pena viajar aos EUA para comprar o iPhone 16?

Vale a pena viajar aos EUA para comprar o iPhone 16?

Com o iPhone 16 custando até R$ 15.499 no Brasil, surge uma dúvida: vale a pena usar esse dinheiro para ir até os Estados Unidos e comprar o celular lá, onde os preços costumam ser mais baixos? É tentador avaliar apenas convertendo para o real os preços do iPhone 16 nos EUA. Lá a nova geração parte de US$ 799 (R$ 4.582, na cotação da última quinta, 12, considerando o Imposto sobre Operações Financeiras, IOF, cobrado em compras internacionais). No Brasil, o preço do celular começa em R$ 7.799 (veja todos os valores).

Custos no Brasil

O iPhone 16 tem preços que variam de acordo com a configuração escolhida. A versão básica, com 128 GB de armazenamento, custa R$ 7.799 no Brasil. Já o modelo topo de linha, com 512 GB, chega a R$ 15.499.

Esses valores são significativamente mais altos do que os praticados nos Estados Unidos. Mas será que vale a pena viajar apenas para comprar o aparelho?

Custos nos EUA

Nos Estados Unidos, o iPhone 16 parte de US$ 799, o que equivale a aproximadamente R$ 4.582 na cotação da última quinta-feira, 12 de setembro, considerando o IOF cobrado em compras internacionais.

No entanto, é importante lembrar que esse valor não inclui os impostos locais sobre o consumo, conhecidos como "sales tax". Esses tributos variam de estado para estado e podem chegar a até 10% do valor do produto.

Portanto, o preço final do iPhone 16 nos EUA pode ser um pouco mais alto do que a conversão direta para o real.

Custos adicionais da viagem

Além do preço do iPhone 16 em si, é preciso considerar os custos adicionais da viagem aos Estados Unidos. Esses gastos podem incluir:

Passagens aéreas

As passagens aéreas de ida e volta podem custar centenas de reais, dependendo do destino nos EUA e da data da viagem.

Hospedagem

É necessário pelo menos uma diária em um hotel ou Airbnb, o que pode representar centenas de reais adicionais.

Alimentação e transporte

Gastos com alimentação, deslocamentos e outras despesas durante a estadia nos EUA também devem ser computados.

Visto

Caso o passageiro não tenha um visto válido, será necessário obter um, o que gera um custo extra.

Simulação de viagem

Para entender melhor se vale a pena viajar aos EUA apenas para comprar o iPhone 16, o g1 fez uma simulação considerando a seguinte situação:

  • Passageiro que mora em São Paulo, partirá do Aeroporto de Guarulhos
  • Viagem de 2 dias, de 20 a 21 de setembro (data de lançamento do iPhone 16 nos EUA)
  • 1 pernoite nos EUA
  • Cotação do dólar em 12 de setembro

Nesse cenário, os gastos estimados seriam:

  • Passagens aéreas: R$ 4.467
  • Hospedagem: R$ 258
  • Transporte e alimentação: R$ 573

Total da viagem: R$ 5.298

Comparação final

Considerando o preço do iPhone 16 nos EUA (US$ 799, ou R$ 4.582 na cotação do dia 12 de setembro) e os custos adicionais da viagem (R$ 5.298), o valor total chegaria a aproximadamente R$ 9.880.

Esse valor é superior ao preço inicial do iPhone 16 no Brasil (R$ 7.799), o que torna a compra nos EUA menos vantajosa do que a aquisição do aparelho diretamente no país.

Vale lembrar que essa é uma simulação básica e que os custos reais podem variar de acordo com a data da viagem, o destino nos EUA, a cotação do dólar e outros fatores.

Considerações sobre importação

Mesmo que a compra nos EUA não seja a opção mais vantajosa financeiramente, é importante entender as regras da Receita Federal sobre a importação de celulares.

De acordo com as normas, o turista pode trazer um celular do exterior sem pagar imposto de importação, desde que o aparelho esteja dentro do limite de US$ 1.000 ou seja considerado de uso pessoal.

Para ser enquadrado como item de uso pessoal, o celular precisa estar usado e o passageiro não pode estar com um segundo smartphone. Apenas é possível trazer dois celulares isentos de imposto se o primeiro apresentar algum defeito.

Compras acima de US$ 1.000 (R$ 5.627, na conversão direta de 12 de setembro) devem ser declaradas e é preciso pagar o imposto de importação, que equivale a 50% do valor excedente. Caso o produto não seja declarado e seja identificado pela Receita, a taxa sobe para 100% do valor excedente.

Conclusão

Após analisar os custos envolvidos, a conclusão é que, na maioria dos casos, não vale a pena viajar aos Estados Unidos apenas para comprar o iPhone 16. Os gastos extras com a viagem, como passagens aéreas, hospedagem e alimentação, acabam superando o valor que seria economizado na compra do aparelho.

Claro, essa análise pode variar de acordo com a situação de cada pessoa, como a localização de origem, a data da viagem e a cotação do dólar. Mas, em geral, a compra diretamente no Brasil parece ser a opção mais vantajosa, desde que o usuário esteja disposto a pagar o preço praticado no país.

Além disso, é importante ficar atento às regras da Receita Federal sobre a importação de celulares, para evitar problemas e custos adicionais com a compra feita no exterior.

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