A Prévia da Inflação de Agosto: Um Alívio Temporário?

A Prévia da Inflação de Agosto: Um Alívio Temporário?

A prévia da inflação de agosto trouxe um alívio frente ao "mau" resultado de julho, porém foi amplamente influenciada pelos itens mais voláteis — como os alimentos. Ainda assim, o economista sênior do Inter, André Valério, diz que a tendência deve se manter e o indicador fechado deste mês será menor.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,19%, o que indica uma desaceleração em relação à alta de 0,30% no mês passado. O acumulado do ano atingiu os 3,02% e o de 12 meses recuou a 4,35%.

A Tendência de Desaceleração

O economista sênior do Inter afirma que a tendência de desaceleração da inflação de serviços deve continuar, ainda que gradual, considerando a política monetária mais restritiva e o fim do impulso fiscal no primeiro semestre.

"O dado de hoje contribui para não aumentar ainda mais a pressão sobre os juros, com parte do mercado precificando alta de 150 pontos base até o início do próximo ano. Com a expectativa de um IPCA menor em agosto e o início do ciclo de cortes nos juros americanos, mantemos a expectativa de Selic constante pelo futuro próximo", diz.

Luciana Rabelo, economista do Itaú BBA, também destaca a abertura "ligeiramente melhor do que a esperada" do IPCA-15 de agosto. Ela destaca a desaceleração dos serviços subjacentes, com a devolução do choque de serviços para veículos e com serviços ligados à mão de obra abaixo do consenso.

O Mercado de Trabalho Apertado

No entanto, a economista espera que o componente de serviços siga pressionado nos próximos meses, refletindo o mercado de trabalho apertado.

Essa tendência de desaceleração da inflação é um alívio, mas ainda há desafios a serem enfrentados. O mercado de trabalho apertado e a política monetária restritiva continuam a exercer pressão sobre os preços, especialmente no setor de serviços.

Portanto, embora a prévia de agosto tenha trazido uma boa notícia, é importante manter a cautela e acompanhar de perto a evolução dos indicadores econômicos nos próximos meses. Somente assim será possível avaliar se essa desaceleração é de fato sustentável ou apenas um alívio temporário.

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