À medida que as empresas adotam cada vez mais o Kubernetes como plataforma de orquestração de contêineres, a necessidade de garantir a segurança desses ambientes críticos se torna cada vez mais crucial. Um cluster do Azure Kubernetes Service (AKS) é um recurso valioso que precisa ser protegido de acessos não autorizados e uso indevido. Neste artigo, exploraremos as melhores práticas para garantir que seu cluster AKS esteja seguro, com foco no princípio do menor privilégio como prioridade máxima.
Funções do Azure Kubernetes integradas
O Azure Kubernetes Service (AKS) oferece várias funções integradas que podem ser usadas para gerenciar o acesso e as permissões em seu cluster. Essas funções são baseadas no Kubernetes RBAC (Role-Based Access Control) e permitem que você atribua permissões específicas a usuários, grupos ou entidades de serviço.
As principais funções integradas do AKS são:
Administrador do cluster
Esta função concede acesso total ao cluster, incluindo a capacidade de gerenciar todos os recursos e configurações do Kubernetes.
Proprietário
Essa função permite que o usuário execute todas as ações, incluindo a atribuição de funções a outras pessoas.
Colaborador
Essa função permite que o usuário gerencie todos os recursos, exceto a atribuição de funções.
Leitor
Essa função permite que o usuário visualize os recursos, mas não execute nenhuma ação.
Ao atribuir essas funções a usuários ou grupos, você pode garantir que cada entidade tenha apenas as permissões necessárias para executar suas tarefas, seguindo o princípio do menor privilégio.
Integração com o Microsoft Entra (Azure Active Directory)
O Azure Kubernetes Service (AKS) pode ser integrado ao Microsoft Entra (anteriormente Azure Active Directory) para gerenciar o acesso ao cluster usando identidades corporativas. Essa integração oferece vários benefícios:
Autenticação unificada
Os usuários podem acessar o cluster AKS usando suas credenciais do Microsoft Entra, simplificando o gerenciamento de identidades.
Controle de acesso baseado em função
Você pode usar grupos do Microsoft Entra para atribuir funções do Kubernetes RBAC, facilitando o gerenciamento de permissões.
Auditoria e monitoramento
Todas as ações realizadas no cluster AKS podem ser rastreadas e auditadas por meio do Microsoft Entra, fornecendo visibilidade e conformidade.
Para configurar a integração entre o AKS e o Microsoft Entra, você pode seguir as etapas documentadas pela Microsoft. Essa integração é fundamental para garantir que o acesso ao seu cluster AKS seja gerenciado de forma centralizada e segura.
Kubernetes RBAC
O Kubernetes RBAC (Role-Based Access Control) é o mecanismo principal para gerenciar o acesso e as permissões em um cluster Kubernetes, incluindo o AKS. Usando o RBAC, você pode criar funções personalizadas e atribuí-las a usuários, grupos ou entidades de serviço.
Algumas melhores práticas para usar o RBAC no AKS incluem:
Criar funções personalizadas
Além das funções integradas, você pode criar funções personalizadas que atendam às necessidades específicas de sua organização. Isso permite um controle mais granular sobre as permissões.
Atribuir funções a grupos
Em vez de atribuir funções a usuários individuais, prefira atribuí-las a grupos do Microsoft Entra. Isso facilita o gerenciamento de permissões quando os membros da equipe mudam.
Usar o princípio do menor privilégio
Ao criar e atribuir funções, certifique-se de conceder apenas as permissões mínimas necessárias para que os usuários possam executar suas tarefas. Evite conceder permissões desnecessárias.
Monitorar e auditar o acesso
Monitore regularmente as atribuições de função e as ações realizadas no cluster para detectar possíveis abusos ou usos indevidos.
Seguindo essas práticas de Kubernetes RBAC, você pode garantir que o acesso ao seu cluster AKS seja gerenciado de forma segura e alinhado com os requisitos de sua organização.
Conclusão
Proteger seu cluster de serviços do Azure Kubernetes é fundamental para garantir a segurança de seus ambientes críticos. Ao aproveitar as funções integradas do AKS, a integração com o Microsoft Entra e as melhores práticas do Kubernetes RBAC, você pode implementar um modelo de acesso baseado no princípio do menor privilégio. Dessa forma, você pode ter a confiança de que seu cluster AKS está devidamente protegido contra acessos não autorizados e uso indevido.