Um estudo revelado em outubro pela consultoria americana McKinsey apresenta uma análise promissória para o futuro econômico global. Segundo a empresa, 18 setores emergentes têm potencial para transformar a economia mundial, podendo gerar receitas que alcançam US$ 48 trilhões (aproximadamente R$ 276 trilhões) em 25 anos.
Essas "grandes arenas competitivas", como são as chamadas, destacam-se em áreas como Inteligência Artificial (IA), transição energética e saúde. O aumento da participação desses setores no Produto Interno Bruto (PIB) global pode subir de 4% para até 16% em 2040, de acordo com a previsão do estudo.
Atualmente, esses segmentos representam 4% do PIB mundial . A pesquisa aponta que, até 2040, poderá alcançar até 16% de participação.
Áreas em ascensão
As grandes arenas competitivas vão desde o e-commerce até os semicondutores. Essa transformação econômica exigirá novos perfis profissionais, especialmente nas áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática).
Comércio eletrônico
O comércio eletrônico é um dos segmentos que mais se destaca no relatório da McKinsey. Estima-se que, em 25 anos, ele atinja receitas de US$ 20 trilhões e ganhe destaque como um dos motores da economia global.
Em 2022, esses segmentos já representavam 20% do mercado de varejo mundial. A expectativa é que o e-commerce alcance 30% das vendas na América Latina até 2040. No Oriente Médio e na África, as projeções são de crescimento para 20% e 15%, respectivamente. O "comércio social" na China já gerou mais de US$ 24 bilhões em vendas em 2023.
IA e saúde
No campo da tecnologia, a IA promete um crescimento significativo. Em 2023, o investimento em IA saltou de US$ 5 bilhões para US$ 36 bilhões, com destaque para o ChatGPT; contudo, a projeção é que essa área alcançará US$ 4,6 trilhões em receitas até 2040.
Na área da saúde, o aumento da obesidade impulsiona globalmente o mercado de medicamentos. O setor movimentou US$ 24 bilhões em 2022 e pode chegar a US$ 280 bilhões até 2040. O medicamento Ozempic exemplifica essa tendência crescente.
Setores em destaque
Diversos outros setores também se destacam nesta análise da McKinsey:
- Streaming: receitas entre US$ 510 bilhões e US$ 1 trilhão.
- Robótica: receitas entre US$ 190 bilhões e US$ 910 bilhões.
- Serviços em nuvem: receitas entre US$ 1,6 trilhão e US$ 3,4 trilhões.
- Carros elétricos: receitas de até US$ 3,2 trilhões.
- Baterias: receitas entre US$ 810 bilhões e US$ 1,1 trilhão.
- Veículos privados compartilhados: receitas entre US$ 610 bilhões e US$ 2,3 trilhões.
- Anúncios digitais: receitas de até US$ 2,9 trilhões.
- Semicondutores: receitas de até US$ 2,4 trilhões.
- Cibersegurança: receitas entre US$ 590 bilhões e US$ 1,2 trilhão.
- Tecnologia espacial: receitas entre US$ 960 bilhões e US$ 1,6 trilhão.
- Construção modular: receitas entre US$ 540 bilhões e US$ 1,1 trilhão.
- Vídeo games: receitas entre US$ 550 bilhões e US$ 910 bilhões.
- Biotecnologia: receitas entre US$ 340 bilhões e US$ 900 bilhões.
- Usinas de fissão nuclear: receitas entre US$ 65 bilhões e US$ 150 bilhões.
- Novas formas de mobilidade aérea: receitas entre US$ 75 bilhões e US$ 340 bilhões.
- Medicamentos para obesidade: receitas entre US$ 120 bilhões e US$ 280 bilhões.
Esses setores em evolução demonstram como a inovação tecnológica e as mudanças no comportamento do consumidor estão redefinindo o cenário econômico mundial. A necessidade de adaptação e requalificação profissional se mostra essencial diante dessas transformações.