O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com preços mais altos nesta quarta-feira (16). De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, considerando a atual posição das escalas de abate, que continuam na pior posição da atual temporada.
Demanda Aquecida e Exportações Recordes
"Sob o prisma da demanda, o mercado ainda convive com sintomas de superaquecimento, com exportações muito agressivas na atual temporada, caminhando para um recorde histórico", disse o analista da empresa, Fernando Henrique Iglesias.
Os preços médios da arroba do boi em algumas das principais regiões produtoras refletem esse cenário:
- São Paulo: R$ 306,75
- Goiás: R$ 299,29
- Minas Gerais: R$ 302,94
- Mato Grosso do Sul: R$ 304,89
- Mato Grosso: R$ 276,96
Mercado Atacadista Também Apresenta Alta
O mercado atacadista voltou a apresentar alta em seus preços e o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo. "Vale o destaque para as proteínas concorrentes, que também devem apresentar elevação em seus preços em função do atual movimento delimitado na carne bovina, com grande destaque para a de frango", alerta Iglesias.
As principais cotações no mercado atacadista foram:
- Quarto dianteiro: R$ 18,20 por quilo, alta de R$ 0,20
- Quarto traseiro: R$ 23,20 por quilo, alta de R$ 0,20
- Ponta de agulha: R$ 17,25 por quilo, sem alteração
Câmbio Também Influencia
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,05%, sendo negociado a R$ 5,6639 para venda e a R$ 5,6619 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6314 e a máxima de R$ 5,6993.
Esse cenário de alta do dólar também contribui para a elevação dos preços da carne bovina, uma vez que influencia diretamente os custos de produção e as exportações.
Em resumo, o mercado físico do boi gordo volta a apresentar preços mais altos, impulsionado por uma demanda aquecida, exportações recordes e um cenário cambial desfavorável. Esse movimento de alta tende a se manter no curto prazo, de acordo com as análises da Safras & Mercado.