Mercado Brasileiro encerra Quinta-Feira com queda, refletindo correção após recordes recentes

Mercado Brasileiro encerra Quinta-Feira com queda, refletindo correção após recordes recentes

Os principais índices do mercado brasileiro encerraram o dia de hoje, quinta-feira (29), no campo negativo, com investidores digerindo dados econômicos fortes dos Estados Unidos divulgados pela manhã. Essa queda reflete um movimento de correção após sucessivos recordes batidos pela bolsa brasileira na semana passada.

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou o dia com perda de 0,95%, aos 136.941 pontos, com queda generalizada das ações. Já o dólar comercial encerrou o dia com alta de 1,19%, negociado a R$ 5,622 na venda, acompanhando a valorização da moeda norte-americana ante a cesta de moedas fortes.

Dados Econômicos dos EUA

Os mercados globais, incluindo o brasileiro, analisaram nesta manhã uma nova bateria de dados sobre a maior economia do mundo, em busca de sinais sobre sua força e indícios dos futuros movimentos do Federal Reserve (Fed) à medida que planeja iniciar um ciclo de corte de juros.

Os dados do Departamento do Comércio mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 3% no segundo trimestre do ano na base anual, resultado acima do esperado por analistas consultados pela Reuters, que projetavam alta de 2,8%.

Além disso, o Departamento do Trabalho relatou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram ligeiramente na semana encerrada em 24 de agosto para 231.000, de 233.000 revisado para cima na semana anterior e abaixo da estimativa de analistas de 232.000 pedidos.

Esses números reforçam o argumento de que a economia norte-americana continua forte e que o mercado de trabalho, apesar de passar por um processo gradual de esfriamento, não está a caminho de um colapso total, como se temia no início do mês após dados de emprego mais pessimistas.

Implicações para o Fed

Dessa forma, o Fed, cujas autoridades têm sinalizado o início de um ciclo de cortes de juros em sua reunião de setembro, poderão afrouxar a política monetária em um ritmo mais cauteloso, já que a economia norte-americana não demonstra necessidades urgentes de estímulo.

Na semana passada, o chair do Fed, Jerome Powell, sinalizou no simpósio de Jackson Hole que "chegou a hora" de cortar os juros nos EUA, uma vez que o banco central não deseja ver uma deterioração adicional do mercado de trabalho.

A perspectiva de um afrouxamento monetário menos intenso nos EUA elevava os rendimentos dos Treasuries, o que tornava o dólar mais atraente no exterior, contribuindo para a alta da moeda norte-americana frente ao real observada hoje.

Mercado Doméstico

No mercado doméstico, os investidores também avaliaram dados do IGP-M, também chamado de "inflação do aluguel", que desacelerou para 0,29% em agosto, após alta de 0,61% no mês anterior.

Já o índice de preços ao consumidor (IPP) teve alta de 1,58% em julho frente ao mês anterior, sexto resultado positivo consecutivo do indicador, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, os investidores acompanhavam o anúncio do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, como indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suceder o chefe da autarquia, Roberto Campos Neto, a partir do próximo ano.

Perspectivas para o Mercado

Apesar da queda observada hoje, analistas acreditam na estabilidade do dólar entre R$ 5,48 e R$ 5,69 nos próximos dias, caso não haja nenhuma notícia muito fora do normal no cenário doméstico ou internacional.

"Acredito na estabilidade do dólar entre R$ 5,48 e R$ 5,69 nos próximos dias, caso não tenhamos nenhuma notícia muito fora do normal por aqui ou pelo mundo", diz Anderson Silva, sócio da GT Capital.

No que se refere ao Ibovespa, a queda de hoje reflete um movimento de correção após sucessivos recordes batidos pela bolsa brasileira na semana passada. Investidores aguardam os próximos passos do Fed e a evolução dos indicadores econômicos para nortear seus próximos movimentos no mercado acionário.

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