A oferta global recorde e os estoques elevados pressionam as cotações da soja no Brasil

A oferta global recorde e os estoques elevados pressionam as cotações da soja no Brasil

A última semana foi marcada por uma oferta global recorde e estoques elevados de soja, que pressionaram as cotações da oleaginosa no mercado spot brasileiro. De acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, a valorização do dólar frente ao real, no entanto, limitou o movimento de baixa nos preços domésticos.

Segundo colaboradores do Cepea, chuvas irregulares seguem deixando os sojicultores nacionais em alerta e recuados nas comercializações. Dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam que a produção mundial de soja na temporada 2024/25 deve atingir 428,9 milhões de toneladas, 8,6% superior às 394,7 milhões de toneladas colhidas na safra 2023/24.

O esmagamento global da oleaginosa é projetado em 346,3 milhões de toneladas, aumento de 4,8% em relação à temporada anterior. As transações globais também devem crescer, chegando a 181,5 milhões de toneladas, alta de 2,6% na comparação anual. O estoque mundial de soja também pode ser recorde, previsto em 134,6 milhões de toneladas.

Cenário no Brasil

No mercado brasileiro, os preços da soja no spot recuaram na última semana, acompanhando a queda das cotações internacionais. De acordo com o Cepea, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa Paraná (Paranaguá) fechou a sexta-feira, 20 de outubro, a R$ 89,90 por saca de 60 quilos, queda de 2,8% em relação à semana anterior.

Já o Indicador ESALQ/BM&FBovespa Mato Grosso (Rondonópolis) encerrou o período a R$ 87,68 por saca, recuo de 2,7%. Segundo os pesquisadores do Cepea, a valorização do dólar frente ao real, que subiu de R$ 5,20 para R$ 5,25 entre os dias 13 e 20 de outubro, limitou o movimento de baixa nos preços domésticos.

Comercialização da safra 2023/24

De acordo com o Cepea, a comercialização da safra 2023/24 de soja no Brasil segue lenta, com os produtores recuados nas vendas devido às incertezas climáticas. Até a segunda quinzena de outubro, cerca de 60% da produção havia sido comercializada, volume abaixo da média histórica para o período.

Segundo colaboradores do Cepea, as chuvas irregulares observadas em algumas regiões produtoras têm deixado os sojicultores em alerta e mais cautelosos nas negociações. Além disso, a expectativa de uma safra recorde de soja no país na temporada 2024/25 também tem influenciado a postura dos produtores.

Cenário global

No cenário internacional, os dados divulgados pelo USDA apontam para uma oferta global recorde de soja na temporada 2024/25. A produção mundial deve atingir 428,9 milhões de toneladas, 8,6% superior às 394,7 milhões de toneladas colhidas na safra 2023/24.

O esmagamento global da oleaginosa é projetado em 346,3 milhões de toneladas, aumento de 4,8% em relação à temporada anterior. As transações globais também devem crescer, chegando a 181,5 milhões de toneladas, alta de 2,6% na comparação anual.

Além disso, o estoque mundial de soja também pode ser recorde na temporada 2024/25, previsto em 134,6 milhões de toneladas. Esse cenário de oferta abundante e estoques elevados tem pressionado as cotações internacionais da oleaginosa.

Impactos no mercado brasileiro

No mercado brasileiro, a oferta global recorde e os estoques elevados de soja têm influenciado diretamente as cotações da oleaginosa no mercado spot. De acordo com o Cepea, os preços domésticos recuaram na última semana, acompanhando a queda das cotações internacionais.

No entanto, a valorização do dólar frente ao real tem limitado o movimento de baixa nos preços da soja no Brasil. Além disso, as chuvas irregulares observadas em algumas regiões produtoras têm deixado os sojicultores em alerta e mais cautelosos nas negociações, o que também tem contribuído para a lentidão na comercialização da safra 2023/24.

Diante desse cenário, é importante que os agentes do setor acompanhem de perto as tendências do mercado global e as condições climáticas no país, a fim de tomar decisões estratégicas e se posicionarem de forma adequada frente às oscilações dos preços da soja.

Considerações finais

A oferta global recorde e os estoques elevados de soja têm pressionado as cotações da oleaginosa no mercado spot brasileiro. Apesar da queda nos preços domésticos, a valorização do dólar frente ao real tem limitado o movimento de baixa.

Além disso, as chuvas irregulares observadas em algumas regiões produtoras têm deixado os sojicultores em alerta e mais cautelosos nas negociações, o que também tem contribuído para a lentidão na comercialização da safra 2023/24.

É fundamental que os agentes do setor acompanhem de perto as tendências do mercado global e as condições climáticas no país, a fim de tomar decisões estratégicas e se posicionarem de forma adequada frente às oscilações dos preços da soja.

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