UBS BB aumenta chances de recessão nos EUA para 25%

UBS BB aumenta chances de recessão nos EUA para 25%

O UBS BB atualizou suas projeções para recessão nos Estados Unidos (EUA), aumentando as chances de 20% para 25%, e manteve seu cenário-base de um 'pouso suave' para a economia norte-americana. Em relatório assinado por Brian Rose, economista sênior da UBS Financial Services, a fraqueza decorrente do crescimento moderado dos empregos e dos dados de desemprego de julho, nos quais fomentaram temores de uma desaceleração, e os dados de gastos do consumidor, são os principais fatores a impulsionarem as recomendações da casa.

EUA: mas, afinal, a recessão é uma possibilidade?

Historicamente, este tipo de aumento está fortemente associado a crises econômicas. Porém, segundo o relatório, desta vez pode ser diferente. "No geral, as condições do mercado de trabalho passaram de um sobreaquecimento grave há dois anos para algo que ainda hoje pode ser caracterizado como forte", aponta Rose.

O economista afirma que, atualmente, os mercados começaram a concentrar-se mais nos pedidos semanais de subsídio de desemprego, embora que ainda tenha muito ruído nestes dados e seja notoriamente difícil fazer os ajustamentos sazonais corretos. No entanto, também aponta que, se os despedimentos começarem a acelerar, os dados de reivindicações deverão aumentar mais rapidamente do que os outros dados laborais.

"As reivindicações parecem estar numa tendência crescente, mas poderíamos ter dito o mesmo há um ano. Como a taxa de desemprego, o nível de reivindicações ainda é baixo numa perspectiva histórica", pondera.

Inflação em queda, mas ainda rígida

Sendo assim, na opinião do banco, conforme a falta de decisão do júri, é sinalizado um alerta contra reações exageradas aos dados de uma semana. "Os resultados mensais da inflação eram relativamente elevados no início do ano, mas, os dados mais recentes têm sido bem mais suaves", afirma.

A taxa de inflação global abrandou para 2,9% em termos homólogos no mês de julho — o valor mais baixo desde que a inflação começou a disparar no início de 2021. Com esse cenário, Brian aponta que, caso a inflação permaneça rígida, será mais difícil fazer progressos na inflação global nos próximos meses.

"Contudo, dados os aumentos modestos observados nos novos arrendamentos desde o início de 2023, continuamos confiantes de que a inflação dos abrigos acabará por abrandar", finaliza o economista.

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