O Renascimento dos Shoppings no Brasil: Como a Experiência do Consumidor Está Impulsionando o Setor

O Renascimento dos Shoppings no Brasil: Como a Experiência do Consumidor Está Impulsionando o Setor

O setor de shoppings no Brasil mostrou que deixou para trás o temor da mudança de comportamento do consumidor. Mesmo em meio às incertezas fiscais, projeções de inflação desafiadoras e uma política monetária mais contracionista nos próximos meses, o setor tem sido resiliente.

Para além das compras, os executivos da Multiplan (MULT3), Allos (ALOS3) e Iguatemi (IGTI11) avaliam que o hábito do brasileiro em estar nos shopping centers do país não só se manteve pós-pandemia, como aumentou, seguindo uma tendência diferente do restante do mundo, principalmente no maior polo de consumo, os Estados Unidos. Isso porque os shoppings deixaram de ser apenas um local de compras por aqui e passou a agregar valor aos clientes com experiências.

A Importância dos Programas de Fidelidade

Os executivos citam, principalmente, os programas de fidelidade de cada shopping como uma ferramenta de aproximação com o público e que, de início, não sabiam se dariam certo. "A gente não sabia se 'selinhos' seriam uma boa ideia para o público do Iguatemi e deu muito certo. Vimos clientes saindo com carrinhos de supermercados com faqueiros, panelas e diversos brindes. Virou um jogo, é um benefício que 'pegou'", conta Betts durante a sua participação na conferência.

Na Multiplan não foi diferente. Com um aplicativo único que junta todos os shoppings da rede, o "MULTI", os clientes começaram a juntar pontos para trocar por produtos de parceiros e até experiências em lugares fora do próprio shopping. "Para nós é importante levar comodidade para além da estrutura do shopping. É conseguir uma noite em um hotel, uma massagem em um outro estabelecimento", explica Armando D'almeida Neto, vice-presidente e CFO da Multiplan. Neto cita ainda a importância de programas como esse para entender melhor o cliente do shopping, a forma como ele consome e o que é mais importante para cada tipo de consumidor.

Crescimento e Captação de Recursos

Sobre crescimento, entendem que não há tanto espaço para greenfield — ou seja, um projeto realizado a partir do zero — no momento, mas que contam com a possibilidade de aumento nos aluguéis, uma vez que as lojas estão indo bem, com volume grande de vendas.

Outro fator que auxilia os shopping centers são os fundos imobiliários que são um "instrumento moderno" que consegue dar maior liquidez ao setor e ajudam na captação para novos ativos, parcerias ou até mesmo reformas nos imóveis.

Conclusão

O setor de shoppings no Brasil tem demonstrado uma surpreendente resiliência, superando os temores iniciais sobre as mudanças no comportamento do consumidor. Com a adoção de estratégias inovadoras, como programas de fidelidade e a oferta de experiências além das compras, os shoppings conseguiram se reinventar e se manter relevantes para o público brasileiro. Essa transformação, aliada a uma captação de recursos mais eficiente, aponta para um futuro promissor para o setor, que continua a se adaptar e a atender às necessidades em constante evolução dos consumidores.

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