A Tributação de Dividendos na Reforma Tributária: Equilibrando Interesses

A Tributação de Dividendos na Reforma Tributária: Equilibrando Interesses

A Tributação de Dividendos na Reforma Tributária: Equilibrando Interesses

A Inevitabilidade da Tributação de Dividendos

Parece ser inevitável a tributação de parte dos ganhos oriundos de ações no contexto da reforma tributária, cuja regulamentação tramita no Congresso Nacional. Os dividendos, parcelas dos lucros de uma empresa distribuídas aos seus acionistas, atualmente desfrutam de isenção fiscal. Com o avanço da reforma, propostas para tributar esses rendimentos, provavelmente, levarão a intensos debates nas próximas semanas. O projeto de lei que propõem uma eventual taxação deve ser enviado ao Congresso pelo governo federal em outubro.

Comparação Internacional de Alíquotas

Atualmente, a tributação sobre a renda no país é de 34%, considerando o IRPJ de 25% e a Contribuição Social sobre o Líquido (CSLL) de 9%. Nos Estados Unidos, por exemplo, a tributação é de 21% e na Alemanha, o imposto de renda corporativo é de 15%. Outra alternativa seria manter a tributação dos JCP em 15%. No entanto, para compensar a desoneração da folha de pagamento, o governo propôs elevar a alíquota para 20%, durante a tramitação do Projeto de Lei nº 1.847/24.

Propostas para Tributação de Dividendos

Caso ocorra a tributação dos dividendos em troca da redução das alíquotas do IRPJ e CSLL, é fundamental que a alíquota seja baixa e que os legisladores proponham a isenção por faixas de valores recebidos, como acontece em outros países. Nos Estados Unidos, os contribuintes solteiros com renda tributável em até US$ 44.625 e casais com renda de até US$ 89.250 são isentos de tributação de dividendos. Além dessas faixas, os rendimentos são tributados a uma taxa de 15% ou 20%. O mesmo poderia ser praticado no Brasil, isentando, pelo menos, os pequenos investidores.

Importância dos Dividendos para os Investidores

Por não serem tributados, os dividendos têm grande importância para os investidores, pois representam rendimentos regulares pagos e são fundamentais para a geração de renda e complemento de previdência para os brasileiros. Logo, são um atrativo significativo para o investimento em bolsa de valores.

Equilíbrio Necessário

É indispensável que a tributação incentive o crescimento econômico sem desestimular o investimento. Ainda, precisamos encontrar um equilíbrio necessário para manter o país como um local atrativo para investidores, garantindo, ao mesmo tempo, a solidez fiscal.

Conclusão

A tributação de dividendos é uma questão complexa que envolve diversos interesses. É fundamental que os legisladores encontrem um equilíbrio entre a necessidade de arrecadação fiscal e a manutenção de um ambiente favorável ao investimento. Somente assim, será possível promover o crescimento econômico e a solidez fiscal do país.

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