O empréstimo de US$ 13 bilhões que Elon Musk recebeu de bancos em 2022, para viabilizar a compra do Twitter — agora chamada de X –, se tornou 'o pior acordo de financiamento a aquisições' desde a crise financeira global de 2008, segundo o Wall Street Journal. Em outubro de 2022, o acordo foi viabilizado por sete bancos: Morgan Stanley, Bank of America (BofA), Barclays, Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG), BNP Paribas, Mizuho e Société Générale.
O Acordo Financeiro da Compra do Twitter
A compra foi de US$ 44 bilhões — dos quais US$ 13 bilhões foram obtidos por meio dessas captações. Além da rede social, o bilionário é CEO da SpaceX e da Tesla. O WSJ aponta, que o fraco desempenho financeiro da plataforma deteriorou o valor dos empréstimos, fazendo com que muitos ficassem "pendurados", no jargão do setor, nos balanços contábeis dos bancos envolvidos.
As baixas contábeis prejudicaram os 'livros de empréstimos' dos bancos e, nesse caso, foram um fator no qual reduziu a remuneração do departamento de fusão de um banco. De acordo com dados da consultoria americana PitchBook LCD, o desempenho inferior persistente da rede social, colocou o negócio em território histórico e no patamar de 'pior acordo de financiamento'.
O Impacto nos Bancos Envolvidos
Steven Kaplan, professor de finanças da Universidade de Chicago que acompanha esses acordos desde a década de 1980, disse ao jornal que o Twitter não é apenas o maior acordo suspenso em valor em dólares desde a crise financeira de 2008, mas um dos maiores de todos os tempos. "Os empréstimos pesaram sobre os bancos por muito mais tempo do que outros acordos suspensos que vimos", disse.
No início deste ano, os bancos discutiram um possível plano para reestruturar o acordo, no qual Musk poderia pagar parte da dívida pendente da rede social, e os bancos concordariam em reduzir os pagamentos de juros. No entanto, não foi dada sequência, informou o jornal.
Conclusão
A compra do Twitter por Elon Musk se tornou um dos piores acordos de aquisição da história, com os bancos envolvidos sofrendo graves consequências financeiras. O fraco desempenho da plataforma e a deterioração do valor dos empréstimos colocaram os bancos em uma situação delicada, com baixas contábeis e redução da remuneração de seus departamentos. Esse caso serve como um alerta para a importância de uma análise cuidadosa e uma avaliação realista dos riscos envolvidos em grandes aquisições, especialmente em um cenário de incerteza econômica.