Transição Energética e o auge das Startups de Energia

Transição Energética e o auge das Startups de Energia

cA transição energética vai investir em startups de energia, que vão ver demanda crescer a partir do ano que vem nos próximos anos, a transição energética será mais do que uma tendência passageira; ela se tornará uma necessidade alcançada para garantir a sustentabilidade econômica e ambiental. À medida que o mundo enfrenta os impactos crescentes das mudanças climáticas, as startups de energia — ou energytechs — serão as protagonistas dessa transformação.

O Cenário das Startups de Energia na América Latina

Entre 2021 e abril de 2024, as startups do setor de energia na América Latina já captaram mais de US$ 750 milhões em 76 rodadas de investimento, de acordo com o Energy Tech Report 2024, realizado pelo Distrito, uma plataforma de tecnologias emergentes. O Brasil, representando 80% desse volume, anunciou US$ 605,9 milhões em 61 negócios. Mais de 55% das 347 energytechs mapeadas estão focadas em soluções de energia renovável, destacando a relevância desse setor para moldar o futuro da região.

O ano de 2025 se destaca pela aplicação de regulamentações ambientais mais específicas, uma demanda crescente por soluções energéticas sustentáveis ​​e avanços tecnológicos de ponta. De acordo com um relatório da IEA (Agência Internacional de Energia), espera-se que as energias renováveis ​​ultrapassem o carvão como principal fonte de eletricidade no mundo já no início de 2025. Esse crescimento, previsto para atingir 7.300 GW até 2028, será impulsionado por tecnologias como energia solar e eólica, que juntas representam 95% da expansão esperada.

O papel das grandes empresas na Transição Energética

Aqui no Brasil, há algum tempo já existe uma mobilização nos setores de Óleo e Gás e Energia para que grandes empresas possam alocar um pedaço de suas verbas obrigatórias de P&DI (ANP e ANEEL) em investimentos em startups através da criação de fundos de Corporate Venture Capital, o que pode representar mais de R$ 1 bilhão de investimento anual.

Grandes empresas de setores tradicionais, como petróleo e gás, já perceberam que podem ser práticas dessa transformação. Por isso, começando ou ampliando seus programas de Corporate Venture Capital (CVC) para investir em startups de energia, com o objetivo de aprender e diversificar suas futuras fontes de receita. Esse movimento é um claro indicativo de que o cenário de inovação no setor energético está se expandindo rapidamente, principalmente no Brasil.

Oportunidades para Investidores

Diante de tantas oportunidades, como os investidores podem filtrar suas escolhas e tomar decisões assertivas? Um dos caminhos é focar em startups cujos problemas que pretendem resolver estão de alguma forma conectados às teses de inovação das grandes corporações. A inovação tecnológica deve ser acompanhada por um modelo de negócios sustentável no longo prazo e, ao mesmo tempo, capaz de atender ou até mesmo influência de forma positiva às crescentes exigências regulatórias.

Startups que conseguem equilibrar essas características terão mais chances de prosperar, especialmente em um cenário competitivo com muito recurso. Além disso, é fundamental analisar a qualidade do tempo dos fundadores, o nível de intimidação e experiência com o problema que pretendem resolver e a complementaridade nas habilidades do time.

Também para fundos de capital de risco, o apelo é evidente: trata-se de um mercado emergente com grande potencial de crescimento, direcionado às exigências de sustentabilidade que o futuro próximo exigirá. Porém, é importante que esse movimento não seja visto apenas como uma questão de responsabilidade ambiental. Há uma oportunidade significativa de retorno financeiro.

Na MSW Capital, estamos atentos a essas oportunidades, e já começamos a investir em startups pioneiras, como TideWise, VoltBras e SpeedBird, que lideraram essa transformação. É claro que, como em qualquer setor em ascensão, há desafios a serem superados. A implementação de novas tecnologias, os altos custos iniciais de algumas soluções e a necessidade de apoio regulatório podem limitar o ritmo de crescimento de certas startups.

No entanto, com o avanço tecnológico e o aumento da demanda por energia limpa, esses obstáculos estão longe de serem intransponíveis. Os investidores que se posicionarem estrategicamente terão uma oportunidade única de moldar o futuro da economia global — e colher os frutos dessa transformação.

Conclusão

A transição energética não é mais uma escolha; é uma jornada concluída. A pergunta que todos os investidores devem fazer agora não é se vale a pena investir, mas sim: estamos prontos para liderar essa mudança?

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