Tiros foram disparados neste domingo (15) perto de um campo de golfe em West Palm Beach, na Flórida, onde o republicano disputava uma partida. Um suspeito foi preso.
O Incidente
O ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, foi alvo de uma possível tentativa de assassinato neste domingo (15), segundo o FBI. Tiros foram disparados perto de um campo de golfe em West Palm Beach, na Flórida, onde o republicano disputava uma partida.
As autoridades locais disseram que agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos que protegiam Trump viram um homem com um fuzil AK-47 próximo ao campo. O suspeito, identificado como Ryan Wesley Routh, de 58 anos, largou a arma e fugiu em um SUV preta, sendo posteriormente detido em um condado vizinho. Ele também deixou duas mochilas penduradas em uma cerca e uma câmera GoPro próximo ao campo.
O Suspeito
Routh foi condenado em 2002 por posse de uma arma de destruição em massa, de acordo com os registros online do Departamento de Correção de Adultos da Carolina do Norte. Os registros não fornecem detalhes sobre o caso, mas uma reportagem do News & Record de 2002 afirma que um homem com o mesmo nome foi preso após um impasse de três horas com a polícia. A reportagem relata que ele foi parado durante uma abordagem de trânsito, colocou a mão em uma arma e se barricou em uma empresa de telhados. Routh foi acusado de portar uma arma escondida e de posse de uma arma de destruição em massa (uma metralhadora totalmente automática), segundo o News & Record.
A Segurança de Trump
O atirador estava a cerca de 400 a 500 metros de distância de Trump, escondido entre arbustos, enquanto o ex-presidente jogava uma rodada de golfe no Trump International Golf Club, em West Palm Beach. Ric Bradshaw, xerife do Condado de Palm Beach, disse que quando as pessoas entram na vegetação ao redor do campo, "elas ficam praticamente fora de vista".
Segundo Bradshaw, todo o campo de golfe teria sido cercado por policiais se Trump fosse o presidente em exercício, mas, como ele não é, "a segurança é limitada às áreas que o Serviço Secreto considera necessárias". A proteção de Trump tem sido maior do que a de alguns de seus colegas devido a sua alta visibilidade e sua campanha para buscar a Casa Branca novamente.
A Reação de Trump
Em um e-mail para apoiadores, Trump afirmou: "Houve tiros nas minhas proximidades, mas antes que os rumores comecem a sair de controle, quero que ouçam isso primeiro: EU ESTOU SEGURO E BEM!" O vice-presidente na chapa de Trump, J.D. Vance, e o senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, informaram que conversaram com Trump após o incidente e disseram que ele estava "de bom humor".
O apresentador da Fox News, Sean Hannity, amigo próximo do ex-presidente, também falou com Trump e seu parceiro de golfe, Steve Witkoff. Eles disseram a Hannity que estavam no quinto buraco quando ouviram um "pop pop, pop pop". Em questão de segundos, os agentes do Serviço Secreto "saltaram sobre" Trump e o "cobriram" para protegê-lo. Momentos depois, um carrinho conseguiu tirar Trump do local. Hannity disse que a reação de Trump após o ocorrido — quando ficou claro que todos estavam seguros — foi dizer, brincando, que ficou triste por não ter terminado o buraco, já que ele "estava na média e tinha uma tacada de birdie".
Reações Políticas
A vice-presidente Kamala Harris, adversária democrata de Trump na eleição presidencial, postou nas redes sociais que havia sido informada sobre os relatos de tiros. "Estou feliz que ele esteja seguro. A violência não tem lugar na América", escreveu.
A Casa Branca disse que o presidente Joe Biden e Harris seriam atualizados sobre a investigação, além de estarem "aliviados" em saber que o republicano estava seguro.
Próximos Passos
Trump não anunciou nenhuma mudança em sua agenda e está programado para falar ao vivo no X nesta segunda-feira (16) à noite de seu resort Mar-a-Lago, para lançar a plataforma de criptomoeda de seus filhos.
Enquanto isso, os líderes de uma força-tarefa bipartidária do Congresso que investiga a tentativa de assassinato de Trump em 13 de julho disseram que solicitaram uma atualização do Serviço Secreto. "Estamos agradecidos por o ex-presidente não ter sido ferido, mas permanecemos profundamente preocupados com a violência política e a condenamos em todas as suas formas", disseram os deputados Mike Kelly (Partido Republicano) e Jason Crow (Partido Democrata) em um comunicado.
O deputado Jared Moskowitz, um democrata da Flórida que faz parte da força-tarefa, também afirmou que "buscará respostas sobre o que aconteceu hoje e naquela ocasião".