O governo da Rússia alertou a França, nesta terça-feira 27, que não tente "intimidar" o fundador do Telegram, Pavel Durov. O bilionário foi detido em Paris por supostamente não ter adotado medidas para impedir o uso criminoso da plataforma de mensagens.
"As acusações são muito sérias e exigem provas igualmente fortes. Caso contrário, seria uma tentativa direta de restringir a liberdade de comunicação e até mesmo de intimidar diretamente o diretor de uma grande empresa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Durov, um franco-russo que viveu em Dubai nos últimos anos, foi preso no final do sábado ao chegar ao aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris, procedente Baku, capital do Azerbaijão. Fontes próximas ao caso disseram que o bilionário de 39 anos é suspeito de não ter adotado medidas para impedir o uso criminoso da plataforma Telegram, que tem mais de 900 milhões de usuários.
O presidente francês Emmanuel Macron negou na segunda-feira que a prisão de Pavel Durov tenha sido "política" e disse que "ocorreu no âmbito de uma investigação judicial em curso".
A Reação dos Emirados Árabes Unidos
Os Emirados Árabes Unidos anunciaram nesta terça-feira que solicitaram à França acesso consular para Durov.
Após a prisão de seu fundador, o Telegram garantiu que a empresa "cumpre as leis da UE, incluindo a Lei de Serviços Digitais" e que "é absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário é responsável por abusos".
O Papel do Telegram na Guerra na Ucrânia
O Telegram se posicionou como uma alternativa às plataformas de mensagens dos EUA, que foram criticadas por sua exploração comercial dos dados pessoais dos usuários. As mensagens criptografadas desempenham um papel fundamental no contexto da ofensiva russa na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, e são usadas ativamente por políticos e observadores de ambos os lados.
Acusações de Conteúdo Ilegal
Mas os críticos acusam o Telegram de hospedar conteúdo muitas vezes ilegal, desde imagens sexuais extremas até desinformação e serviços de compra de drogas.
O Telegram, fundado em 2013 por Pavel Durov, é uma plataforma de mensagens instantâneas com foco em segurança e privacidade. A empresa se posicionou como uma alternativa às plataformas de mensagens dos EUA, como o WhatsApp, que foram criticadas por sua exploração comercial dos dados pessoais dos usuários.
As mensagens criptografadas do Telegram desempenham um papel fundamental no contexto da ofensiva russa na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022. A plataforma é usada ativamente por políticos e observadores de ambos os lados do conflito para se comunicar de forma segura.
No entanto, o Telegram também tem sido alvo de críticas por hospedar conteúdo muitas vezes ilegal, desde imagens sexuais extremas até desinformação e serviços de compra de drogas. Essas acusações levaram à prisão de seu fundador, Pavel Durov, no aeroporto de Le Bourget, em Paris.
O governo russo reagiu prontamente, alertando a França de que não deve "intimidar" Durov. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que as acusações contra o bilionário são "muito sérias" e exigem "provas igualmente fortes". Caso contrário, seria uma "tentativa direta de restringir a liberdade de comunicação" e até mesmo de "intimidar diretamente o diretor de uma grande empresa".
Os Emirados Árabes Unidos também se manifestaram, solicitando à França acesso consular para Durov. O Telegram, por sua vez, garantiu que a empresa "cumpre as leis da UE" e que "é absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário é responsável por abusos".
Essa situação evidencia as tensões envolvendo a regulação de plataformas de comunicação online, especialmente em um contexto de conflito geopolítico. Enquanto o Telegram é visto como uma alternativa segura pelas partes envolvidas na guerra na Ucrânia, suas supostas falhas em coibir conteúdo ilegal levaram à prisão de seu fundador, gerando uma reação enérgica do governo russo.
A resolução desse impasse envolverá questões complexas sobre liberdade de expressão, segurança nacional e responsabilidade das empresas de tecnologia. À medida que a disputa entre a França e a Rússia se desenrola, o futuro do Telegram e seu papel na comunicação global permanece incerto.